A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou hoje o primeiro-ministro de não querer ver, na área da saúde, a realidade tal qual como ela existe e, alertou, quem “não consegue ver, não consegue resolver”.
Após uma reunião com a administração do Centro Hospitalar de Leiria, cujo presidente apresentou a sua demissão a semana passada por falta de recursos, Assunção Cristas salientou que, enquanto o primeiro-ministro “anda a fazer uma volta para mostrar o lado A [da saúde]”, a líder do CDS quer mostrar o lado C, “o lado das cativações, o lado de quem não quer ver a realidade tal qual como ela existe”.
Nesse sentido, sublinhou, quem “não consegue ver, não consegue resolver”.
Da reunião que teve com a administração, onde também esteve presente o presidente demissionário, Hélder Roque, ficou claro que 2018 “foi o pior ano de sempre” daquele centro hospitalar em relação aos níveis de investimento, em que estava programado investir seis milhões de euros, mas apenas foi executado “um terço e foi porque teve apoio de fundos comunitários”, disse aos jornalistas Assunção Cristas.
De acordo com a líder do CDS-PP, o ano de 2018 também foi o pior de sempre para o Centro Hospitalar de Leiria a nível do prejuízo criado (cinco milhões de euros) e as dívidas e os prazos de pagamento também aumentaram.
“2018 foi um ano péssimo, o pior de sempre, o que contrasta muito com o discurso cor-de-rosa do Governo de que está tudo muito bem”, disse, reafirmando a ideia que já tinha expressado na segunda-feira, na visita ao Hospital São José, em Lisboa, em que acusou António Costa de pintar de cor-de-rosa a situação do setor.
Segundo Assunção Cristas, o Centro Hospitalar de Leiria sofre de problemas que se constatam no resto do país, nomeadamente a escassez de recursos humanos, seja de médicos de determinadas especialidades ou de enfermeiros.
“Há constantes de norte a sul, do litoral ao interior”, referiu.
A presidente do CDS-PP criticou ainda a decisão “precipitada” de o Governo repor as 35 horas semanais de trabalho na função pública, não tendo acautelado meios para responder a essa mudança, estando agora o executivo “a correr atrás do prejuízo”.
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria (CHL), Helder Roque, comunicou a 06 de março, aos seus colaboradores, ter apresentado a sua demissão à ministra da Saúde, em “protesto” pela falta de recursos.
Na missiva, a que a Lusa teve acesso, o presidente cessante salientava que a saída do CHL, “enquanto protesto, é o melhor contributo” que podia prestar à “continuação do sonho”: “reforçar a dimensão do CHL como instituição de referência regional, sustentando-o em meios humanos e equipamento”.
Helder Roque recorda que se bateu “incessantemente pela obtenção de mais meios” para o CHL.
“Os que lhe são indispensáveis a, pelo menos, sustentar-se equilibradamente na sua atual dimensão e continuar a sonhar com a melhoria da prestação de cuidados de saúde à população. Por duas vezes, ao longo deste percurso, solicitei a minha saída. Por duas vezes me deram expectativas quanto à resolução de diversos dos problemas do CHL. Por duas vezes recuei expectante”, acrescentou.
Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 17 de…
Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…
O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a 17 de maio, data em que, em…
Artigo de opinião de Denis Gabriel, Neurologista, membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC.…
View Post Artigo de opinião da dra. Andreia Gomes, diretora-técnica e de Investigação e Desenvolvimento…
A alpinista japonesa Junko Tabei, que nasceu em Fukushima, a 23 de maio de 1939,…