Dados do Banco de Portugal mostram uma subida do malparado, no que concerne às empresas e às famílias. Os números de julho de 2011 relativamente aos particulares mostram também um máximo que já não se verificava desde maio de 1998.
Numa altura em que necessitam de financiamento, os bancos veem crescer as cobranças duvidosas para níveis alarmantes, além de assistir a um regresso do incumprimento por parte das empresas.
Dos 5,78 mil milhões de julho (na altura, representava uma quebra relativamente a maio), passou para seis mil milhões de euros. Esta diferença representa um acréscimo na ordem dos 3,9 pontos percentuais.
Já nas famílias os bancos enfrentam um aumento de crédito 1,4 por cento do crédito malparado, que supera os 4,38 mil milhões, em comparação com os 4,32 verificados anteriormente.
As dívidas vencidas relativas a empréstimos às famílias dizem respeito, sobretudo, ao crédito à habitação. Este é o oitavo aumento sucessivo que se verifica.
A dificuldade por parte dos bancos em recuperar essas dívidas são cada vez maiores, sendo que o mais provável será um agravamento do problema, em virtude do cenário económico que se perspetiva.
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