Costa considera “normal” demissão de Rovisco Duarte por “motivos pessoais”

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje, em Bruxelas, que o general Rovisco Duarte justificou o seu pedido de demissão do cargo de Chefe do Estado-Maior do Exército com “motivos pessoais”, considerando “normal” o processo da sua exoneração.

“O senhor Presidente da República entregou hoje ao Governo uma carta que lhe foi entregue pelo general Rovisco Duarte, pedindo a sua demissão por motivos pessoais e, portanto, está agora a decorrer o processo normal tendo em vista a sua exoneração e a designação do novo Chefe do Estado-Maior do Exército”, declarou António Costa, à entrada para o Conselho Europeu, em Bruxelas.

Questionado sobre se foram “circunstâncias políticas” que motivaram o pedido de demissão de Rovisco Duarte, António Costa remeteu para a carta que lhe foi entregue por Marcelo Rebelo de Sousa, argumentando que é “nessa base” que o Governo trabalha.

“É um processo normal que o senhor general saia”, concluiu.

O general Rovisco Duarte justificou perante o Exército o pedido de demissão do cargo de Chefe do Estado-Maior do ramo afirmando que “circunstâncias políticas assim o exigiram”, disseram à Lusa fontes militares.

Segundo fontes militares contactadas pela Lusa, o general comunicou “por escrito”, através da rede interna do Exército, que apresentou ao Presidente da República a sua carta de resignação.

“Circunstâncias políticas assim o exigiram”, justificou Rovisco Duarte, que foi escolhido pelo anterior ministro da Defesa, Azeredo Lopes, para substituir Carlos Jerónimo que se demitiu na sequência da polémica que envolveu a direção do Colégio Militar, a propósito de uma alegada discriminação em função da orientação sexual.

O mandato de Frederico Rovisco Duarte, que terminaria em abril do próximo ano, estava sob contestação desde o furto de material militar dos paióis de Tancos, divulgado em 29 de junho do ano passado, desde logo, internamente, quando decidiu exonerar, e depois renomear, cinco coronéis no âmbito da investigação interna ao furto.

Aquela decisão motivou a demissão de dois generais do Exército, Antunes Calçada e António Menezes.

A demissão do CEME ocorre dois dias depois da posse do novo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, que substituiu Azeredo Lopes na pasta.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa

Artigos relacionados

Números do Euromilhões: Chave de terça-feira, 21 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 21 de…

há % dias

22 de maio, nasce Hergé, o ‘pai’ de Tintin, nazi e defensor de ideais racistas

Escritor, artista, e desenhador de banda desenhada, Hergé ficou célebre pela personagem que criou, mas…

há % dias

Euro Dreams resultados de hoje: Chave do EuroDreams de segunda-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

Milhão: Onde saiu? Veja onde saiu o Milhão esta sexta-feira

Milhão: onde saiu hoje? Saiba tudo sobre o último código do Milhão de sexta-feira e…

há % dias

20 de maio, Timor-Leste liberta-se da ocupação indonésia

Hoje é dia de homenagear as vítimas timorenses, não apenas as vítimas do massacre no…

há % dias

17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia

O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a 17 de maio, data em que, em…

há % dias