Consórcio internacional desenvolve app multilingue para migrantes e refugiados

Já está disponível a 7Ling, uma aplicação móvel (app) multilingue para migrantes e refugiados, desenvolvida por um consórcio de 12 universidades europeias e egípcias, do qual faz parte a Universidade de Coimbra (UC).

Totalmente gratuita, esta app, disponível para os sistemas operativos Android e iOS, foi criada no âmbito do projeto XCELING (Towards Excellence in Applied Linguistics. Innovative Second Language Education in Egipt), que tem como objetivos a capacitação do Egito na área do ensino de línguas estrangeiras através da inovação no âmbito das metodologias de ensino, o desenvolvimento de investigação em linguística aplicada ao ensino de línguas não maternas e da transferência do saber para grupos com necessidades especiais, por via da criação de recursos linguísticos de livre acesso.

O XCELING é financiado pelo programa europeu Erasmus+ e assenta em três dimensões principais, designadamente “ENSINO (formação de formadores), APRENDIZAGEM (educação pré-doutoramento) e EXTENSÃO À COMUNIDADE (criação de materiais de ensino de livre acesso). É precisamente nesta última dimensão que se enquadra esta app gratuita de apoio à aprendizagem de línguas estrangeiras por pessoas em situação de desvantagem social”, explica Cristina Martins, docente da Faculdade de Letras da UC e coordenadora da equipa portuguesa no projeto.

A 7Ling visa sobretudo “oferecer a migrantes e refugiados, entre outros, a possibilidade de aprender alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e português”.

“Inclui ainda traduções em árabe, para corresponder às necessidades dos utilizadores que conheçam esta língua. É uma aplicação que se apresenta como uma ferramenta ao serviço da aprendizagem de línguas, num momento em que, com a crise sanitária, se torna particularmente relevante o apoio à educação virtual”, destaca a investigadora do Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada da Universidade de Coimbra.

Desenhada essencialmente para a satisfação de necessidades básicas dos utilizadores, esta app está dividida por secções temáticas – recém-chegado, na cidade, compras, à procura de alojamento, à procura de emprego, no médico – e contém atividades de treino e diversas funcionalidades centradas na adaptação ao meio: números e letras, vocabulário, documentos e procedimentos administrativos e informação sociocultural sobre os países de acolhimento.

É também uma ferramenta útil para “apoiar professores que estão a trabalhar com este tipo de estudantes, porque permite justamente que eles consolidem estruturas linguísticas e vocabulário autonomamente”, refere Cristina Martins, acrescentando que, embora tenha sido pensada para migrantes e refugiados, na realidade, esta app pode ser usada por qualquer pessoa.

Além da Universidade de Coimbra, integram o consórcio a Universidade de Salamanca, Universidade de Bolonha, Universidade de Heidelberg, Universidade de Poitiers, Trinity College Dublin, Universidade de Alexandria, Universidade do Cairo, Universidade de Helwan, Universidade de Pharos, Universidade de Minia e Universidade de Luxor.

Pode consultar o vídeo promocional do projeto em:

Redação

Partilhar
Publicado por
Redação
Etiquetas: homeRefugiados

Artigos relacionados

Números do Euromilhões de hoje: Chave de sexta-feira, 17 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 17 de…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia

O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a 17 de maio, data em que, em…

há % dias

Hipertensão arterial: combater o ‘assassino silencioso’ é mais importante do que nunca

Artigo de opinião de Denis Gabriel, Neurologista, membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC.…

há % dias

Células estaminais: perspetivas terapêuticas promissoras nas doenças inflamatórias

View Post Artigo de opinião da dra. Andreia Gomes, diretora-técnica e de Investigação e Desenvolvimento…

há % dias

16 de maio, Junko Tabei torna-se na primeira mulher a chegar ao topo do Everest

A alpinista japonesa Junko Tabei, que nasceu em Fukushima, a 23 de maio de 1939,…

há % dias