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Conselho Militar do Sudão quer dialogar com forças políticas e não vai extraditar ex-Presidente

O Conselho Militar de Transição do Sudão prometeu hoje dialogar com todas as “forças políticas” do país e estabelecer “um Governo civil”, após a destituição do Presidente na quinta-feira, garantindo que Omar al-Bashir não será extraditado.

“Vamos engajar-nos com todas as entidades políticas para preparar o clima de trocas para alcançar as nossas aspirações”, disse o general Omar Zein Abedeen, membro do Conselho Militar de Transição, citado pela agência de notícias francesa AFP.

Durante uma conferência de imprensa em Cartum, transmitida pela televisão, o general – apresentado como chefe do Comité Político Militar estabelecido pelo Conselho Militar – também garantiu que a futura Administração será um “Governo civil”, mas não especificou uma data para a sua implementação.

Zein Abedeen sublinhou, no entanto, que o ministro da Defesa será um membro do exército e que os militares vão “participar na nomeação do ministro do Interior”.

Na quinta-feira, o ministro da Defesa, Awad Ibnouf, anunciou na televisão estatal “a queda do regime e a detenção num lugar seguro do seu líder”, Omar al-Bashir.

Awad Ibnouf também anunciou o estabelecimento de um Conselho Militar de Transição por dois anos, o qual lideraria em conjunto com o chefe de Estado-Maior do Exército, general Kamal Abdelmarouf.

Em resposta a uma pergunta dos jornalistas sobre o destino de Omar al-Bashir, o general Zein Abedeen confirmou hoje que o Presidente deposto estava “atualmente em detenção”.

“A nossa principal missão é preservar a segurança e a estabilidade do país”, disse o general, afirmando que o exército “não permitirá qualquer violação de segurança” em todo o território do Sudão.

Um oficial do Exército sudanês disse ainda que as autoridades militares não vão extraditar o Presidente deposto Omar al-Bashir, mas irão julgá-lo no país, de acordo com a agência de notícias AP.

O coronel Omar Zein Abedeen fez as declarações numa conferência de imprensa hoje na capital, Cartum, defendendo a retirada militar de Al-Bashir do poder.

O Presidente do Sudão, Omar al-Bashir, foi destituído e detido na quinta-feira pelas Forças Armadas, depois de mais de quatro meses de contestação popular.

Os protestos, inicialmente motivados pelo aumento dos preços do pão e de outros bens essenciais, acabaram por transformar-se num movimento contra Al-Bashir, que liderava o país desde 1989, quando chegou ao poder através de um golpe de Estado.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Sudão

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