Frederico Carvalhão Gil, o ex-expião do SIS condenado a sete anos e quatro meses de prisão por vender segredos à Rússia, justificou os encontros com um espião russo com… um negócio de azeite. Foi “uma oportunidade de negócio”, garantiu.
Em entrevista à TVI24, depois de conhecida à sentença, Carvalhão Gil assegurou que não sabia que Nicolaevich Pozdnyakov (arguido num processo autónomo) era um espião russo da SVR, a antiga KGB.
Segundo o ex-funcionário do Serviço de Informações e Segurança (SIS) português, o contacto com o espião russo foi “acidental”, num momento em que Pozdnyakov estaria a passar férias em Lisboa.
“A minha relação não era essa, nem nunca soube que tinha tal ligação”, afirmou Carvalhão Gil, rejeitando uma relação de espionagem com o agente russo.
“Para mim, era de facto um homem de negócios russo, um empresário, que eu conheci acidentalmente e com o qual encontrei uma oportunidade de negócio”.
“Aliás, se eu, em algum momento, tivesse suspeitado que as intenções dele fossem outras eu obviamente que tinha comunicado imediatamente ao meu serviço”, insistiu o ex-expião.
Nas buscas realizadas no momento da detenção, em Roma, Carvalhão Gil estava na posse de 10 mil euros. O tribunal deu como provado que era o pagamento pela venda de segredos à Rússia, mas o condenado insistiu, na entrevista, que era referente a uma encomenda de azeite.
“Eu comprometi-me, numa situação anterior, a adquirir azeite em Portugal e depois fazer-lho chegar”, justificou-se.
A tese não convenceu o tribunal por dois motivos: o alegado negócio de azeite só foi invocado pelo arguido na primeira audiência, não tendo sequer sido referido nos interrogatórios, e um irmão testemunhou que a produção familiar de azeite tinha sido interrompida com a morte do pai.
Na mesma entrevista, Carvalhão Gil alegou irregularidades durante o julgamento.
“Como é possível” que o tribunal tenha julgado matéria “que nos disse que nunca viu”, por estar classificada como segredo de Estado? “Eu não sei como é que se consegue fazer um julgamento assim, violando a lei”, frisou o ex-funcionário do SIS.
Carvalhão Gil vai continuar em prisão domiciliária (iniciada em junho de 2016, então preventivamente), com pulseira eletrónica.
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