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China reage à decisão do Canadá de proibir funcionários consulares de visitarem o país

O Governo chinês respondeu hoje à decisão do Canadá de proibir funcionários do seu consulado em Hong Kong de visitar a China continental, afirmando que só teme pela segurança quem tem “segundas intenções”.

O porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang, comentou assim a decisão de Otava de proibir os funcionários do seu consulado em Hong Kong de visitar a China continental.

A decisão surgiu depois de um funcionário do consulado britânico em Hong Kong ter sido detido por violação de ordem pública, durante uma visita à China continental, no início deste mês.

Em conferência de imprensa, Geng afirmou que quem se comportar “honestamente” no país terá os seus direitos garantidos, mas que pessoas que pretendam envolver-se em atividades ilegais devem ser “extremamente cautelosas”.

No início do ano, o ex-diplomata Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor, ambos canadianos, foram presos na China, numa aparente retaliação pela detenção no Canadá da diretora financeira do grupo Huawei, Meng Wenzhou.

Geng Shuang descreveu como “farsa política” a detenção de Meng e defendeu a prisão dos dois cidadãos canadianos, garantindo que estão a ser tratados “segundo a lei”.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, considerou hoje ser um “erro” a detenção de Kovrig e Spavor. Pompeo afirmou que “a China tem que honrar os compromissos que fez com o mundo”.

O porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros considerou que os comentários de Pompeo “distorcem os fatos”, acrescentando que Kovrig foi preso por “roubar segredos de Estado” e “Spavor por reunir e vender segredos de Estado a forças estrangeiras”.

“A China é governada pela lei e esses casos são tratados segundo a lei”, afirmou Geng Shuang.

O porta-voz rejeitou ainda que as detenções dos canadianos estejam relacionadas com a detenção de Meng.

Pompeo, que chegou ao Canadá na quinta-feira para se encontrar com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse “estar focado em ajudar à libertação” dos dois canadianos.

Geng apelou novamente à libertação imediata de Meng, detida em Vancouver, a pedido dos Estados Unidos, por suspeita de que a Huawei tenha exportado produtos de origem norte-americana para o Irão e outros países visados pelas sanções de Washington, violando as suas leis.

A detenção é uma “farsa” e um caso “completamente politizado”, defendeu Geng Shuang.

“Os EUA usaram a sua detenção para coibir empresas de tecnologia chinesas e o Canadá desempenhou um papel vergonhoso em todo esse processo. Meng é um incidente político sério”, acrescentou.

A China solicitou repetidamente a libertação de Meng, e tem exercido pressão política e comercial sobre o Canadá, limitando as exportações canadianas para o país.

Lusa

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