A próxima semana traz uma greve geral, que a CGTP pretende que leve às ruas os trabalhadores portugueses, mesmo que essa decisão de participar na paralisação de protesto represente a perda de um dia de salário.
“A situação da esmagadora maioria dos trabalhadores é muito difícil, do ponto de vista financeiro. No entanto, é necessário entender esta greve e este dia de salário perdido como um investimento, no presente e no futuro”, salientou Arménio Carlos à agência Lusa, em Braga.
O secretário-geral da CGTP entende que a participação dos trabalhadores é fundamental, para mostrar ao Governo a insatisfação pela perda de rendimentos que trabalhadores e pensionistas vão sofrer, no âmbito das medidas inscritas no Orçamento de Estado para 2013.
Arménio Carlos, que participava num plenário com trabalhadores da empresa Delphi, anteviu a greve geral do dia 14 de novembro e está otimista quanto a uma forte adesão dos cidadãos.
A “generalidade dos trabalhadores” está, no essencial, de acordo com as bases que conduziram a esta greve, que a CGTP entende ser fundamental, num momento de perda de direitos sociais e na iminência de uma reforma do Estado que pode agravar as condições de vida.
A greve do dia 14 de novembro foi convocada pela CGTP e tem como base a luta contra a austeridade e por uma política de crescimento económico e de criação de emprego.
No entanto, esta greve geral não se realiza apenas em Portugal e junta nesta jornada de luta trabalhadores (com manifestações e greves) de países como Espanha, Grécia e Itália, bem como de França e da Bélgica, onde o descontentamento é partilhado.
O dirigente sindical destaca o caráter histórico desta jornada de luta. “Pela primeira vez nas últimas décadas de movimento sindical operário, temos um dia que vai originar uma confluência da luta, da ação e da solidariedade no mesmo dia, em muitos países da Europa”, destaca à Lusa o líder da CGTP.
Arménio Carlos pede aos trabalhadores portugueses que “não deixem escapar esta oportunidade” de participar num protesto que trespassou fronteiras e que pretende combater os princípios da governação sob austeridade.
O secretário-geral da CGTP aproveitou para acusar o FMI de “cinismo, hipocrisia e desrespeito pelo português”, quando alerta para os perigos da austeridade, ao mesmo tempo que diz que essa austeridade pode ser “política e socialmente insustentável”. leia mais
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