CE propõe imagens nos maços que apelem à cessação tabágica e fim ao tabaco com aromas

O combate ao tabagismo prossegue, com a Comissão Europeia (CE) a aprovar uma diretiva que limita a publicidade nos maços de tabaco. Por outro lado, os avisos para a saúde sobre os malefícios do tabaco devem aumentar, enquanto os cigarros com sabor a mentol acabam.

A Comissão Europeia aprovou, nesta quarta-feira, uma revisão da diretiva sobre combate ao tabagismo, impondo mais imagens a incentivar à cessação tabágica e a banir os cigarros com aromas como o mentol.

O objetivo da CE é incentivar os mais jovens a evitar o tabaco, reforçando a mensagem dos malefícios do tabaco, muito antes de se sentirem atraídos para o tabagismo. A diretiva hoje aprovada deve entrar em vigor a partir de 2015 ou, na pior das hipóteses, em 2016.

Nesta proposta ficam proibidos os cigarros com aromas, sobretudo o tabaco de enrolar. Por outro lado, em matéria de informação, os maços de tabaco devem ter 75 por cento da frente e do verso com imagens e mensagens de desincentivo ao tabagismo ou de apelo à cessação tabágica.

Nesta revisão da diretiva de 2001, a CE reforçou as advertências aos malefícios do tabaco para a saúde, nos próprios maços de cigarros. Todos os estados-membros devem adotar estas regras mas apertadas.

“O principal objetivo da revisão é melhorar o funcionamento do mercado interno, garantindo simultaneamente um elevado nível de protecção da saúde”, realça a Comissão Europeia, citada pelo jornal Público.

O objetivo é fazer com que os “produtos de tabaco”, bem como o “consumo” sejam “menos atractivos, de modo a desencorajar os jovens de começarem a fumar”, acrescenta a CE, que promete que “os maços de cigarros serão diferentes no futuro”.

“A proposta prevê a aposição de advertências ilustradas obrigatórias nas faces dianteira e traseira dos maços, cobrindo 75 por centro das respectivas superfícies”, reforça ainda a nota da CE.

A indústria terá apenas 30 por cento do espaço de um maço de tabaco para fazer publicidade ao produto ou à marca.

Esta proposta “não proibirá aromatizantes específicos”, mas impede “produtos de tabaco que tenham um aroma ‘distintivo’, incluindo o mentol”, realça ainda o documento que o Público cita.