A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu hoje que mais do que discutir “aritméticas eleitorais” o importante é defender questões como a defesa do trabalho e do Serviço Nacional de Saúde ou o direito à habitação.
Questionada pelos jornalistas sobre a advertência de hoje do primeiro ministro de uma excessiva dispersão de votos à esquerda, a responsável nacional do BE disse que não ouviu as declarações de António Costa, mas acrescentou que o país não está em campanha eleitoral.
Disse Catarina Martins que a posição que os partidos tenham em questões como a defesa do trabalho, do Serviço Nacional de Saúde ou do direito à habitação também levarão os eleitores “a tomar decisões sobre em quem confiar o voto”.
“O que define as propostas de esquerda é o conteúdo dessas propostas”, sempre trabalharemos “com base em propostas concretas”, afirmou a Catarina Martins, que falava no final de um debate sobre a legalização da canábis, uma proposta do Bloco que será debatida na quinta-feira no parlamento, em conjunto com uma idêntica do PAN – Pessoas, Animais, Natureza.
António Costa insistiu hoje que é sua vontade manter a atual solução governativa na próxima legislatura, independentemente dos resultados eleitorais, mas advertiu para os riscos de uma excessiva dispersão de votos à esquerda em benefício da direita.
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