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Cancro: Quase cinco anos após Fukushima surge a primeira morte ‘oficial’

O desastre nuclear de Fukushima ocorreu há cerca de quatro anos e meio, mas só agora é que o Japão reconheceu a primeira morte provocada pela radiação. Nem sequer a morte do director do central foi associada ao incidente. Oficialmente, a primeira vítima foi um trabalhador que morreu de leucemia.

A 11 de março de 2011, a central de Fukushima Daiichi explodiu, na sequência do tsunami e sismo que atingiram o Japão, provocando um dos piores desastres nucleares de sempre. Mas, oficialmente, ninguém morreu.

Só hoje, quase cinco anos depois, é que foi reconhecida a primeira vítima mortal do desastre: um trabalhador subcontratado que morreu devido a uma leucemia.

“Este caso preenche todas as condições para ser reconhecido”, salientou o ministro da Saúde japonês, em conferência de imprensa.

Passados quatro anos e meio, as autoridades não haviam associado uma única morte ao desastre nuclear, apesar de 45 mil trabalhadores terem sido mobilizadas para tentar arrefecer os núcleos dos reatores, recolher detritos radioactivos e gerir milhões de litros de água contaminada.

Para o Ministério da Saúde japonês, nem sequer Masao Yoshida, o diretor da central nuclear, morreu devido aos efeitos da radiação. Yoshida, vitimado por um cancro em Julho de 2013, ficou conhecido por se recusar a abandonar os trabalhos de limpeza e fecho da central de Fukushima durante os seis meses que se seguiram ao acidente.

Coube a um anónimo trabalhador, que teria 36 anos, ser a primeira vítima oficial da exposição à radiação em Fukushima, tendo morrido de leucemia provocada pela radiação. “Era um funcionário de uma companhia subcontratada pela Tepco”, a gestora da central nuclear, segundo revelou um porta-voz que da empresa à AFP.

A primeira vítima mortal do acidente de Fukushima esteve envolvido nas operações de limpeza e fecho da central entre outubro de 2012 e dezembro de 2013, depois de vários anos a trabalhar noutra central nuclear.

Em breve, acrescentou o ministro da Saúde, o balanço de vítimas mortais pode aumentar, pois há três casos em estudo.

A explosão de três dos seis reatores da central nuclear de Fukushima Daiichi provocou (de forma não oficial) a morte de 18.500 pessoas.

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