Categorias: MundoNas Notícias

Caminhos de Ferro de Luanda com dificuldades financeiras para responder a reinvidicações dos funcionários

A administração dos Caminhos de Ferro de Luanda (CFL) assumiu hoje “insuficiências financeiras” para corresponder às reivindicações dos funcionários, que anunciaram uma greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, e afirmou que decorrem “diálogos para travar a paralisação”.

“É devido a dificuldades que a própria administração enfrenta, pelas insuficiências de recursos financeiros que, até hoje, não criámos melhores condições, ainda, tanto de trabalho como salariais para os trabalhadores”, disse hoje à Lusa Augusto Osório, diretor do gabinete de comunicação institucional dos CFL.

O responsável adiantou que a direção da empresa pública “está a par” das preocupações expressas no caderno reivindicativo dos funcionários, datado de 04 de dezembro, e que já teve uma resposta formal da administração.

Augusto Osório sublinhou igualmente que continuam a “encetar negociações” no sentido de “se impedir que a greve seja efetivada” e para resolverem “todos os problemas constantes no caderno reivindicativo, de acordo com a realidade atual da empresa”.

“As respostas da direção dada ao sindicato não satisfizeram os trabalhadores, mas estamos abertos ao diálogo, no sentido de encontrarmos aproximações das posições defendidas por ambos os lados”, salientou.

Os cerca de 900 trabalhadores dos CFL anunciaram, na quarta-feira, uma greve por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira, protestando por melhores condições laborais, igualdade de subsídios, e aumento salarial na ordem dos 80 por cento.

O secretário para os assuntos jurídicos do Sindicato Independente dos Ferroviários de Angola (SINFA), Dias Kinkela, informou que a paralisação deve afetar o funcionamento regular dos 17 comboios, estando prevista apenas a circulação diária de dois.

Melhoria dos subsídios de alimentação, implementação do seguro contra doenças profissionais e acidentes de trabalho e acerto de categorias são alguns dos 19 pontos plasmados no caderno reivindicativo que enumera preocupações de há cinco anos.

Augusto Osório assegurou que muitas das situações enumeradas no caderno reivindicativo são de índole legal e a nível da empresa têm sido já executadas, referindo que continuam a procurar soluções para outras reivindicações dos funcionários.

“São necessidades, compreendemos o custo atual de vida do país, com os salários a perderem o poder de compra, mas não é por falta de vontade da administração que nós ainda não temos feito nada”, sustentou.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngola

Artigos relacionados

Números do Euromilhões de hoje: Chave de sexta-feira, 17 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 17 de…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia

O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a 17 de maio, data em que, em…

há % dias

Hipertensão arterial: combater o ‘assassino silencioso’ é mais importante do que nunca

Artigo de opinião de Denis Gabriel, Neurologista, membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC.…

há % dias

Células estaminais: perspetivas terapêuticas promissoras nas doenças inflamatórias

View Post Artigo de opinião da dra. Andreia Gomes, diretora-técnica e de Investigação e Desenvolvimento…

há % dias

16 de maio, Junko Tabei torna-se na primeira mulher a chegar ao topo do Everest

A alpinista japonesa Junko Tabei, que nasceu em Fukushima, a 23 de maio de 1939,…

há % dias