Nas Notícias

Cada vez menos “coletes amarelos” nas ruas de Paris, mas com alvos precisos

O movimento dos “coletes amarelos” em França perdeu força no sétimo sábado consecutivo de manifestações com apenas 800 manifestantes em Paris, concentrados nos Campos Elísios e em frente às sedes de diversos órgãos de comunicação.

“Enquanto não estivermos satisfeitos, viremos todos os sábados. Ficaremos aqui nos Campos Elísios porque é onde temos mais visibilidade nacional e internacional. Queremos representar aqui a perda de confiança do povo nas suas instituições”, disse Jean, colete amarelo vindo dos arredores de Paris, em declarações à Lusa.

Este sábado, apelidado de “Ato VII”, começou com menos de uma centena de pessoas nos Campos Elísios e com medidas de segurança reduzidas comparando com os protestos de novembro e do início de dezembro. A polícia estava presente, mas apenas fez vistorias aleatórias a quem passava na avenida e todas as lojas e restaurantes estiveram abertos.

Os protestos concentraram-se no final da manhã em frente à sede da BFM TV, localizada no 15º bairro de Paris, com algumas centenas de manifestantes a protestarem contra o que consideram ser a “desinformação” veiculada por este canal, um dos mais populares em França.

Depois de confrontos com a polícia, que obrigaram as forças da ordem a utilizar gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, os protestos seguiram para a sede da France Televisions, a emissora pública de televisão. Segundo a France 3, os manifestantes gritaram “jornalistas colaboradores” e “jornalistas desçam”.

No fim da tarde, algumas centenas de manifestantes voltaram a juntar-se nos Campos Elísios tentando bloquear o trânsito. A polícia voltou a agir rapidamente criando diversos perímetros de segurança para separar o grupo de coletes amarelos e restabelecer a circulação.

Com todas as lojas e restaurantes abertos e centenas de turistas na avenida, houve momentos de alguma confusão. Ainda com a memória dos violentos confrontos do início do mês, algumas lojas fecharam imediatamente as portas com os clientes lá dentro e os restaurantes recolheram apressadamente as mesas e cadeiras das esplanadas.

Estiveram em Paris cerca de 800 manifestantes e foram detidas menos de 40 pessoas, números muito inferiores aos dos protestos no início do mês, mas ainda assim os protestos aconteceram um pouco por todo o país. Em Ruão, a polícia utilizou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes depois de estes terem ateado fogo à representação do Banco de França naquela cidade. Já em Bordéus, a manifestação juntou cerca de 2.400 pessoas e as autoridades locais fecharam antecipadamente todos os museus e outros serviços públicos.

A ideia lançada recentemente nas redes sociais pelos “coletes amarelos” é perturbar os festejos do Ano Novo ou São Silvestre, nomeadamente a tradicional contagem da meia-noite nos Campos Elísios. Até agora, a Câmara Municipal de Paris mantém os festejos, com projeções e fogo de artifício junto ao Arco do Triunfo, num evento que atrai milhares de turistas todos os anos para celebrar a chegada do novo ano na cidade das Luzes.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa

Artigos relacionados

Números do Euromilhões de hoje: Chave de sexta-feira, 17 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 17 de…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia

O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a 17 de maio, data em que, em…

há % dias

Hipertensão arterial: combater o ‘assassino silencioso’ é mais importante do que nunca

Artigo de opinião de Denis Gabriel, Neurologista, membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC.…

há % dias

Células estaminais: perspetivas terapêuticas promissoras nas doenças inflamatórias

View Post Artigo de opinião da dra. Andreia Gomes, diretora-técnica e de Investigação e Desenvolvimento…

há % dias

16 de maio, Junko Tabei torna-se na primeira mulher a chegar ao topo do Everest

A alpinista japonesa Junko Tabei, que nasceu em Fukushima, a 23 de maio de 1939,…

há % dias