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‘Caça’ ao clique irrita Guedes de Carvalho que dá exemplo da morte de João Ricardo

Rodrigo Guedes de Carvalho usa o exemplo da forma como foi noticiada a morte do ator João Ricardo, por causa da “mais cobarde das doenças”, para fazer uma reflexão sobre os tempos que o jornalismo atravessa. O pivot da SIC mostra-se irritado com a “malvadez” e com a “porcaria” na Internet.

“Esqueçam a crónica da semana passada, quando eu estava chateado com uma coisa que escreveram sobre mim”, começou por escrever, na sua crónica na TVMais, lembrando a da semana passada (ver aqui).

Para depois falar sobre a forma como foi noticiada a morte do ator João Ricardo no jornal “Observador”.

“João Ricardo partiu demasiado cedo, levado pela mais cobarde das doenças. Estava doente há bastante tempo, e a sua condição frágil já pedia algum respeito. Mas eis que o ‘Observador’ faz assim a notícia da sua morte: ‘Morreu João Ricardo, o ator que viveu na rua e namorou com Teresa Guilherme’.

Rodrigo Guedes de Carvalho diz que João Ricardo “não merece que um jornal chame para título um qualquer episódio da sua vida pessoal, ou dois, no caso, sabe-se lá se com a intenção de nos esclarecer que se dava grandes ares mas chegou a ser, afinal, um sem-abrigo”.

É nas linhas seguintes da sua crónica na TVMais que o jornalista faz uma reflexão sobre a sua profissão.

“A irrelevância e a malvadez. Ao que parece, a nova luta da comunicação social mede-se em ‘likes’ e sobretudo em ‘cliques’, em manchetes enganadoras, porque, uma vez lá dentro já importa pouco o que lá está, o jornal já pescou mais um peixinho, para as suas continhas de fim de mês.”

Rodrigo Guedes de Carvalho diz que “anda tudo ao mesmo” e que “nas plataformas digitais estão todos em igualdade: televisões, jornais, rádios, redes sociais, blogues, e todos os demais que queiram acrescentar”.

“Está visto que a comunicação social dita séria, institucional, de alvará passado pelo Estado para poder trabalhar, está a pensar combater a selvajaria da internet com mais porcaria”, nota o jornalista da SIC.

No final, Rodrigo Guedes de Carvalho fala ainda da morte do amigo Pedro Rolo Duarte (ver aqui), também ele jornalista, para deixar um lamento.

“Pedro, e sei que tu não gostarias de ver o que antevejo: o nosso bem–amado jornalismo a ensaiar técnicas de suicídio.”

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