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Cabo Verde tem dados insuficientes para responder a questões sobre consumo de droga

O ministro da Saúde e da Segurança Social cabo-verdiano reconheceu hoje que os dados epidemiológicos em Cabo Verde são ainda “escassos e insuficientes” para responder a grande parte das perguntas sobre o consumo de drogas.

Arlindo do Rosário falava durante a sessão de abertura do seminário de formação da Rede Nacional de Epidemiologia sobre o Uso de Drogas em Cabo Verde, um instrumento com o qual o ministro espera poder responder a muitas das questões que envolvem a problemática da droga.

“Precisamos conhecer a realidade do consumo de drogas em Cabo Verde, com dados fiáveis, obtidos com rigor científico”, afirmou Arlindo do Rosário.

E acrescentou: “Serão essas informações sobre a incidência e a prevalência, o tipo e padrão do consumo de substâncias psicoativas na nossa sociedade que nos permitirá reavaliar as estratégias até agora implementadas, introduzir as necessárias correções nos programas voltados à prevenção, ao tratamento e à redução de risco”.

Para o ministro, a criação desta Rede constitui “uma etapa importante para se estimar sobre a magnitude do problema, impondo-se para isso o controlo apropriado das intervenções, existência de um sistema de informação eficaz, seguro e facilmente acessível”.

Na mesma sessão, o chefe da cooperação da União Europeia, José Roman Leon Lora, sublinhou que a droga é um fenómeno a que países como Cabo Verde “estão mais expostos por falta de recursos e devido à insularidade”.

“Estamos a falar de um fenómeno que há 30 anos era praticamente desconhecido em Cabo Verde e agora é um problema que não nacional, mas sim regional e global”, afirmou.

Um diagnóstico traçado no âmbito da preparação do Plano de Ação da Saúde do Adolescente 2015-2020, e apresentado em setembro do ano passado, apontou que o consumo de álcool e drogas estão entre os principais problemas de saúde dos adolescentes cabo-verdianos.

No mesmo estudo, 30 por cento dos inquiridos afirmou ter feito sexo sob o efeito de drogas e álcool, aumentando o risco de gravidez precoce e indesejada.

Em 2013, a Comissão de Coordenação do Combate à Droga (CCCD) realizou um estudo pioneiro que indicou que a prevalência do consumo de substâncias psicoativas (drogas lícitas e ilícitas) nos alunos das escolas secundárias cabo-verdianas ao longo da vida é de 7,2 por cento.

O inquérito concluiu que o álcool é a droga lícita mais consumida pela população estudantil, sendo que cerca de 45 por cento já experimentou pelo menos uma bebida alcoólica ao longo da vida.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaCabo Verde

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