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Brasileiros vendem Cimpor Portugal e Cabo Verde a turcos da OYAK

A Cimpor assinou um contrato com o OYAK (Ordu Yardimlasma Kurumu) para a venda de todos os ativos que compõem a Unidade de Negócio de Portugal e Cabo Verde da Cimpor, anunciou hoje a empresa em comunicado.

Com este negócio, a cimenteira, que é, atualmente, detida pela brasileira Camargo Corrêa, aliena as três fábricas e as duas moagens de cimento, as 20 pedreiras e as 46 centrais de betão localizadas em Portugal e em Cabo Verde, refere, sem adiantar o valor da operação.

No comunicado, lê-se que “as atuais estruturas diretivas das áreas produtivas e dos serviços centrais da Cimpor em Portugal e Cabo Verde manter-se-ão em funções”.

O OYAK é o primeiro e maior fundo de pensões na Turquia, fundado em 1961, e o grupo líder em investimentos estratégicos em setores lucrativos e de crescimento continuado de diversas indústrias como o cimento e a betão, a exploração mineira e a metalúrgica, o automóvel, a energia e o sector químico, a agricultura, a logística, as finanças e a alumina especializada.

O OYAK emprega, atualmente, cerca de 30 mil pessoas em 19 países, e registou, em 2017, um volume de negócios de 10,2 mil milhões de dólares.

A OYAK Cement conta com sete fábricas integradas de cimento, três moagens de cimento, 45 centrais de betão pronto localizadas na Turquia, com uma capacidade anual de produção de 12 milhões de toneladas.

“No âmbito da sua estratégia de internacionalização, a OYAK Cement identificou o potencial de integração da Cimpor Portugal e Cabo Verde, valorizando em particular o seu ‘know-how’, capacidade operacional, a escala, o posicionamento geográfico e a sua capacidade exportadora”, acrescenta o comunicado.

A Cimpor é detida pela InterCement, holding para os negócios do cimento do grupo brasileiro Camargo Corrêa.

Em 2017, a Cimpor registou um prejuízo 490,3 milhões de euros em 2017, o que representou uma redução face às perdas de 787,6 milhões de euros verificadas no ano anterior.

De acordo com o relatório de gestão de 2017, divulgado na página da companhia na internet, “o resultado líquido apresentou uma recuperação de 44 por cento em relação ao valor de 2016, somando um prejuízo de 439 milhões de euros e um prejuízo líquido atribuível a acionistas de 490 milhões de euros”.

Lusa

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