Categorias: Economia

“Braço de ferro” pode custar incumprimento da Grécia

Os responsáveis gregos começam a não ter meios para satisfazer as exigências do credores e, em especial, da ‘troika’. Sem um novo pacote de ajuda externa, o Estado helénico cairá em cumprimento, alerta o presidente do Eurogrupo.

A Grécia continua dependente do apoio externo e necessita com urgência dum novo pacote de apoio, isto enquanto negoceia com os credores mais um perdão da dívida. O problema é que a Europa não quer ajudar, lamentam-se os gregos. O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, admitiu que não está fácil chegar a um acordo e que sem este a Grécia entrará (finalmente) em incumprimento.

“No caso de chegarmos à conclusão que as culpas são todas da Grécia, não haverá um novo programa [de apoio], o que significa que em março se produzirá a declaração de quebra”, explicou Juncker, acrescentando que os parceiros europeus impõem que o governo de Atenas avance com as reformas exigidas.

“A distância que separa as negociações do bloqueio é muito curta”, lamentou o ministro das Finanças grego, após uma teleconferência com os homólogos do Eurogrupo. Evangelos Venizelos justificou que “há muita pressão e impaciência da parte dos parceiros europeus”, o que tornou a negociação “muito difícil”.

O ministro das Finanças salientou que a Grécia já conseguiu um acordo para a recapitalização dos bancos, mas admitiu que ainda falta o consenso que permita a redução dos salários no setor privado e as medidas para reduzir a despesa pública. Em negociação entre o governo helénico e a Banca continua o acordo para um perdão de 100 mil milhões de euros de dívida pública, sem o qual a Grécia entrará em falência.
Este perdão de parte da dívida grega é obrigatório para desbloquear um segundo programa de resgate de 130 mil milhões de euros por parte da ‘troika’, aprovado em outubro na cimeira europeia. A negociação tem de estar concluída antes de 20 de março, dia em que a Grécia terá de pagar 14.500 milhões de euros aos detentores de dívida pública.

Jean-Claude Juncker lamentou “os sinais de paralisia” que vêm da Grécia e alertou que a zona Euro “não vai ceder no tema das privatizações”. O presidente do Eurogrupo criticou também “a existência de elementos corruptos em todos os níveis” da administração grega por dificultarem as negociações e transmitirem uma má imagem do país.

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