O deputado bloquista José Manuel Pureza considerou que António Arnaut, falecido hoje, era “o melhor rosto do serviço público”, um exemplo de “integridade absoluta” e um homem insubmisso que sempre lutou por um serviço de saúde democrático e público.
“Honrar a memória de António Arnaut é sermos totalmente insubmissos nos nossos combates como foi António Arnaut”, disse José Manuel Pureza, considerando que o livro que o fundador do PS escreveu em coautoria com o médico do BE João Semedo mostra o “combate final da sua vida por um Serviço Nacional de Saúde [SNS] realmente democrático, público e igualmente acessível para todos”.
O livro, com propostas para uma nova Lei de Bases da Saúde, “é, porventura, o grande desafio que deixa à nossa democracia”, sublinhou o também vice-presidente da Assembleia da República.
“Creio que só faríamos bem em seguir esse recado que ele nos deixa de cuidarmos o Serviço Nacional de Saúde como lugar da democracia”, afirmou José Manuel Pureza, em declarações aos jornalistas.
Para o deputado do Bloco de Esquerda, António Arnaut fez da sua vida “um exemplo de integridade absoluta, de desinteresse total por qualquer tipo de compensação pelo seu esforço”.
“O povo conhecia-o como pai do Serviço Nacional de Saúde, não como autor ou como criador, mas como pai. Pai é alguém que ama, é alguém que cuida, é alguém que se bate ilimitadamente por aquilo que é a sua criação. E assim foi António Arnaut relativamente ao Serviço Nacional de Saúde e devemos-lhe o melhor que a democracia portuguesa tem”, referiu.
José Manuel Pureza recordou também a coerência ao longo da vida do fundador do PS.
“Foi um utente do Serviço Nacional de Saúde, alguém que amava o Serviço Nacional de Saúde e, por isso mesmo, sabia que era no Serviço Nacional de Saúde que encontra os melhores cuidados e iguais aos de qualquer outro ser humano”, frisou.
António Arnaut, advogado, nasceu na Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, em 28 de janeiro de 1936, e estava internado nos hospitais da Universidade de Coimbra.
Presidente honorário do PS desde 2016, António Arnaut foi ministro dos Assuntos Sociais no II Governo Constitucional, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano e foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
Poeta e escritor, António Arnaut envolveu-se desde jovem na oposição ao Estado Novo e participou na comissão distrital de Coimbra da candidatura presidencial de Humberto Delgado.
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