A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) disse na terça-feira, em Aveiro, que o investimento do Governo PS nos serviços públicos não compensou a “deterioração” dos anos anteriores.
“Nos últimos quatro anos houve mais investimento nos serviços públicos, mas não o suficiente para compensar a deterioração dos anos anteriores e para lançar novos projetos”, disse Catarina Martins.
A coordenadora do BE falava perante uma plateia com cerca de 80 militantes em Aveiro, a quem deu a conhecer as propostas dos bloquistas para as áreas da educação e da saúde que vão fazer parte do programa eleitoral do partido.
Na sua intervenção, Catarina Martins disse que investir na escola pública e salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) são “dois objetivos estratégicos” do Bloco na próxima legislatura, afirmando que se trata de um programa “ambicioso, porque está muito por fazer”, mas que é “exequível”.
“Todos os tostões que investimos no SNS, tudo o que investimos na escola pública fez este país mais forte, fez esta economia mais forte. A ideia de que podemos poupar na saúde e na educação para fazermos de conta que estamos a abater em défice é uma ideia errada, porque o que não for feito hoje na educação, o que não for feito hoje na saúde, vai voltar como uma dívida, como um défice muito maior de um País que não teve o desenvolvimento de que precisa”, alertou a dirigente.
O BE defende, entre outras medidas, o reforço do orçamento do SNS, com um plano plurianual de investimentos, uma separação entre o público e o privado e acabar com as Parcerias Público Privadas.
“A maior doença de que sofre a saúde em Portugal é a ideia de que quatro em cada dez euros do Orçamento devem servir para pagar ao grupo Melo ou à Luz Saúde”, disse Catarina Martins.
Na próxima legislatura “temos a obrigação de ter uma lei que diga que a gestão dos hospitais públicos é mesmo pública, acabar com a promiscuidade, garantir a exclusividade dos profissionais e a gratuitidade no acesso ao SNS”, acrescentou.
Na área da educação, Catarina Martins defendeu a abertura de um “enorme” processo de reflexão” para trazer a escola para o século XXI, considerando que a escola pública é “patriarcal, racista e discriminatória”.
“Precisamos de mudar muito a escola. Só quem não conhece a escola hoje em dia é que pode achar que está tudo bem. A escola está desatualizada face às necessidades de toda a comunidade. Temos de mudar o paradigma, a forma como olhamos para a escola”, sublinhou.
A coordenadora do BE alertou ainda que o descongelamento das carreiras dos professores é um problema que vai continuar “pendurado” para a próxima legislatura.
“Bem pode o PS e o PSD fazer de conta que o assunto está arrumado. Não está arrumado. A realidade vai obrigar a voltar a ele porque Portugal não pode ter um corpo docente que ainda por cima tem concursos para todo o território nacional, com umas regras nos Açores, outras na Madeira e outras no continente”, afirmou.
Na mesma sessão foi apresentada a lista do BE pelo distrito de Aveiro que volta a ser encabeçada por Moisés Ferreira.
O deputado, que chegou à Assembleia nesta legislatura, lembrou que há quatro anos “faltaram 100 votos” para os bloquistas conseguirem eleger o segundo deputado no distrito de Aveiro.
“Se o Bloco agora tiver esses 100 votos e muitos outros a somar a esses 100 terá mais força para fazer tudo aquilo que ainda temos de fazer no futuro”, disse Moisés Ferreira.
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