Real Madrid-Barcelona: Pep Guardiola também tem antídoto para o autocarro

São já cinco as vitórias do melhor treinador do mundo 2011 no estádio do eterno rival Real Madrid. Cristiano Ronaldo ainda saltou fora do autocarro na primeira parte. Na segunda, o Barcelona foi outra vez um camião bem governado.

Seis jogos de Guardiola no Santigo Bernabéu e quinta vitória. O Barcelona continua imparável, e até a única equipa que se acha poder fazer frente aos catalães sucumbe ao ‘meiinho’ do 11 blaugrana. Assim como no campeonato, o Real Madrid teve a ‘oferta’ de um golo de avanço, depois veio o costume.

Dois portugueses em destaque. Pela positiva Cristiano Ronaldo. CR7 fez aquilo para que foi ‘criado’. Marcou, lutou e correu, muito, como a ‘máquina’ por que é apelidado. Ao contrário de Mourinho, que inventou bastante neste embate que era decisivo para a continuação na Taça do Rei. Não se pode no entanto crucificar o treinador português. Começa na verdade a parecer impossível arranjar forma de contrariar este Barcelona. Contudo, fica a prova que a tática do autocarro de nada vale. No 11 inicial, não faltou gente a defender. Sérgio Ramos e Ricardo Carvalho foram os centrais, com o sempre nervoso Pepe à frente. Depois mais dois, Diarra e Xavi Alonso. Contando com Altintop, que jogou a lateral direito, e Coentrão, que foi subindo algumas vezes apenas quando era possível, foram sete jogadores a defender a baliza de Casillas. Ora, apenas sobraram três para o resto, Ronaldo, Benzema e Higuain.

A tática era de puro contra-ataque e foi assim o Real conseguiu lá chegar. Aos 11 minutos, arrancada pela esquerda de CR7 que com uma ‘manobra’ à frente de Piqué consegue depois bater Pinto. Embora o remate tenha sido forte, o substituto de Valdés podia ter feito mais.

O árbitro Teixeira Vetienes apitou para o centro do relvado e o mesmo inclinou catapultando para o fundo a formação da casa, que viu jogar, apenas com alguns rasgos aqui e ali para tentar novamente mais um golpe.

Quatro minutos da segunda parte e o Barça já igualava o marcador. Canto marcado de Xavi para uma entrada de guerreiro de Puyol. E aos 77 minutos apareceu Messi, até aqui quase sempre escondido no meio de tanto defensor merengue. Passe fantástico para a esquerda, onde aparece Abidal, no limite do fora de jogo, como costume, a empurrar a bola para o 1-2.

Nova derrota para José Mourinho, que fica com tarefa difícil, para não dizer impossível, para a segunda mão, a disputar na próxima semana no Camp Nou. O Barcelona sai de Madrid a rir mais uma vez e tem caminho praticamente livre para retirar o título ao rival, que recorde-se venceu a Taça do Rei de Espanha a temporada passada.

Futebol deste, oxalá houvesse sempre. Para já, resta aguardar pela próxima semana. Quarta-feira há mais.