“Levantámos o problema do Banif ao anterior Governo e Passos Coelho disse-nos que o dinheiro emprestado estava a render juros”, reagiu Jerónimo de Sousa, numa altura em que o banco enfrenta dificuldades e uma luta contra o tempo.
O presidente do Banif tranquiliza os depositantes e os contribuintes, garantindo que o banco não vai encerrar. No entanto, a situação tem sido alvo de acompanhamento por parte do Governo, reguladores e auditores.
Os riscos de atrasos no pagamento ao Estado foram levantados há algum tempo e o secretário-geral do PCP recordou nesta terça-feira as palavras do primeiro-ministro de então, Pedro Passos Coelho, quando confrontado com o problema.
“Lembro-me da resposta de Passos Coelho, que dizia que estamos a investir e que o dinheiro era garantido e até rendia juros. E hoje Passos Coelho está calado”, afirmou hoje Jerónimo de Sousa, em declarações aos jornalistas, margem de uma visita ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
O secretário-geral comunista afirmou, por outro lado, que não vai acompanhar “alarmismo” sobre a questão do Banif. Mas salienta que os depositantes e o interesse nacional “têm de ser protegidos”.
Recorde-se que o Estado injetou 700 milhões no Banif, banco que recebeu ainda 400 milhões de euros em obrigações que podem ser convertidas em capital, sendo que 275 milhões foram já liquidados e a última parcela, de 125 milhões, deveria ter sido paga em dezembro do ano passado.
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