A dor uniu Portugal em torno de Pedrógão Grande e as iniciativas solidárias multiplicaram-se, mas… onde pára o dinheiro? Até o Presidente da República quer saber. “Era bom que os portugueses soubessem quem gere o quê”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Durante semanas, os números iam sendo revelados e somados. Muitos contribuíram para a normalização da vida após a tragédia de Pedrógão Grande, depositando e transferindo dinheiro para as contas solidárias abertas em vários bancos.
Mas, afinal, quantas contas foram abertas e quanto dinheiro foi angariado?
O Presidente da República não sabe. E quer saber, com a moral de quem esteve no terreno a fazer o que lhe competia: representar todo um país em luto.
Em conversa com os jornalistas, Marcelo exigiu que se apure o que aconteceu com as verbas solidárias que teimam em não chegar a Pedrógão Grande.
“Era bom que os portugueses soubessem quem gere o quê”, sintetizou.
O chefe de Estado lembrou ainda que só uma parte da ajuda é do Estado, com a sociedade civil a contribuir com a outra parte. E convém evitar confusões entre quem deu e quanto, acrescentou: “Deve ser explicado aos portugueses que só uma parte dos fundos é gerida pelo Estado e a outra é por outras entidades sociais, por escolha da sociedade civil”.
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