Associação dos Profissionais da Guarda insiste na falta de 600 militares na GNR

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) insistiu hoje na falta de militares na corporação, dizendo que faltam mais de 600 profissionais no efetivo da GNR e que há “uma gestão de recursos humanos deficiente”.

Num comunicado hoje divulgado, após uma notícia do jornal i que dava conta que a recente saída de cerca de meio milhar de guardas para o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) deixou a GNR desfalcada e há postos que já não têm militares suficientes para garantir os patrulhamentos, a APG reitera a necessidade de mais militares para a corporação.

A APG reforça que o défice de efetivo nos postos não pode ser entendido de forma linear e apenas como “consequência direta e única do reforço do GIPS”.

“A verdadeira razão que tem resultado numa redução objetiva de efetivos prende-se, sobretudo, com o reduzido número de ingressos anuais, que tem rondado os 300 e que não chega para colmatar os 600 a 700 profissionais que, todos os anos, transitam para a situação de reserva e isto com consequência mais nefastas na componente operacional da Instituição”, refere a associação.

Segundo a APG, além de vários fatores que levam à falta de pessoal há também “uma gestão de recursos humanos deficiente, que mantém uma máquina administrativa e de apoio que absorve muitos recursos humanos e que, na maioria dos casos, tratam-se de funções que poderiam ser executadas por civis, sem prejuízo da necessidade de colocação de alguns profissionais em serviços moderados, por questões de saúde”.

Num esclarecimento da GNR, é referido que “patrulhamentos efetuados pelo dispositivo territorial, no período de 01 de janeiro a 31 de julho de 2018, a GNR registou, em comparação com igual período de 2017, idêntico número de patrulhas, salientando-se um aumento no número de militares empenhados nas patrulhas”.

A APG classifica de “surpreendente o conteúdo do comunicado da GNR, (…) na medida em que não corresponde, em rigor, à realidade no terreno”.

“É prática corrente a realização de patrulhas compostas por elementos de postos diferentes – pois de outra forma não poderiam realizar-se -, refere, acrescentando que este “agrupamento de postos” é a única forma de garantir o policiamento de extensas áreas.

“Um elemento de um posto em ‘agrupamento de postos’ com outro elemento de outro posto não pode ser considerado como se duas patrulhas se tratasse”, afirma a associação.

Lusa

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