Simon Pagenaud, o primeiro piloto francês a vencer a 500 Milhas de Indianápolis, concretizou finalmente o triunfo que lhe escapou quatro anos antes.
Parece que desta vez, e nas suas próprias palavras, para que “as estrelas estavam alinhadas” para que o piloto de Poitiers chegasse à vitória.
No jantar de cerimónia que se seguiu ao dia da corrida, Pagenaud descomprimiu, elogiou toda a equipa do carro # 22, toda a organização do Team Penske, os responsáveis pela Indianapolis Motor Speedway, o público e até os adversários, com especial destaque para Alexander Rossi, o rival que mais lhe dificultou a sua primeira vitória nas Indy 500.
“O grande sonho da minha vida tornou-se realidade. Guiei totalmente focado. Não posso ter todo o mérito, pois penso que o que fiz mostrou que tinha o melhor carro em pista”, começou por dizer Simon Pagenaud.
O francês da Penske contou também os preparativos para este sucesso: “Tive muitas corridas onde fomos fortes, mas nunca estivemos verdadeiramente bem até ao fim. Desta vez tudo foi uma questão de ataque. Tivemos uma reunião estratégica na manhã da corrida e decidimos que íamos atacar, que iríamos controlar o dia e que assumiríamos o nosso destino com as nossas mãos”.
“Claro que tudo nos correu bem. A estrelas, como dizia, estavam alinhadas este mês nesta pista, sobretudo no dia desta corrida. Pensei em Juan Pablo Montoya, em Hélio Castroneves, em Josef (Newgarden) e Will (Power), em Gil de Ferran e em particular em Rick Mears, que me ensinaram bem a complexidade da pilotagem numa pista oval. E apliquei isso na corrida e funcionou”, admitiu Pagenaud.
Numa estratégia algo diversa dos seus adversários em termos de plano de reabastecimento, o piloto de Poitiers conseguiu poupar combustível suficiente deixando ultrapassar Newgarden e Rossi, antes que a bandeira vermelha viesse encurtar a corrida a nível do consumo.
“Dominei a maior parte da corrida, evidentemente, mas não tinha um grande conhecimento do meu carro no tráfego. Estivemos tanto tempo à frente que não tínhamos economizado combustível suficiente. Quando deixei passar Josef e andei atrás dele durante todo o turno o carro estava fenomenal. Era bastante fácil segui-lo”, contou Simon Pagenaud.
O gaulês também confirma: “Deixei passar o Alexander para economizar combustível antes que saísse a bandeira amarela. Por isso foi um pouco dececionante. Mas consegui alcançá-lo. Francamente não me inquietou esse fato. O que me inquietou foi simplesmente o ritmo e quando o voltar a ultrapassar”.
Roger Penske pareceu não ter tantas dúvidas quanto o seu piloto, para além de elogiar o final emocionante da corrida: “Ele fez a diferença. Simon não ia ser batido. Pilotou na perfeição, é o que posso dizer a propósito de Rossi. Os dois pilotos, durante as voltas de duelo cerrado, ofereceram uma corrida soberba”.
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