O estudo, conduzido por Jocelyne Demengeot e Isabel Gordo, demonstrou que existe uma ligação entre o sistema imunológico e a presença de bactérias no intestino.
Quando algo afeta o sistema imunitário, a composição e o comportamento das bactérias no intestino são alterados.
Os investigadores concluíram que, devido a essa imprevisibilidade, não se consegue definir o ritmo a que cada espécie de bactéria evolui.
“O nosso trabalho mostra que é possível prever a evolução das bactérias comensais em organismos saudáveis, mas o mesmo não acontece em organismos com problemas no seu sistema imunitário”, salientou Isabel Gordo.
O estudo demonstrou também que os tratamentos de determinadas patologias intestinais, se resultarem de uma falha no sistema imunitário, podem requerer uma terapêutica baseada numa análise individual às bactérias intestinais.
“Assim, o uso de terapias generalistas para tratar pessoas que sofrem de patologias intestinais resultantes de um sistema imunitário deficiente, como é o caso da doença inflamatória do intestino, pode não ser a melhor abordagem”, reforçou a investigadora: “Em vez disso, devem ser consideradas terapias baseadas em medicina personalizada, que tenham em conta a composição de bactérias do intestino de cada pessoa”.
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