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Arábia Saudita condena resoluções do Senado dos Estados Unidos

A Arábia Saudita condenou hoje as resoluções aprovadas pelo Senado dos Estados Unidos contra o regime de Riade, uma sobre o conflito no Iémen e a outra sobre o assassínio do jornalista Jamal Khashoggi.

“O Reino da Arábia Saudita rejeita a posição recentemente expressa pelo Senado dos Estados Unidos, que se baseava em afirmações e alegações sem provas, e continha uma flagrante ingerência nos assuntos internos do Reino, prejudicando o seu papel regional e internacional”, defendeu o Ministério aos Negócios Estrangeiros num comunicado divulgado no ‘site’ da agência de notícias oficial saudita, a SPA.

“Se o Reino da Arábia Saudita reafirma o seu compromisso de continuar a fortalecer suas relações com os Estados Unidos da América, manifesta também a sua preocupação com as posições expressas pelos membros de um honrado órgão legislativo de um Estado aliado e amigo”, acrescenta-se na mesma nota.

Ambas as resoluções foram aprovadas na quinta-feira graças principalmente aos senadores democratas, mas também a alguns republicanos.

Na primeira pede-se ao presidente Donald Trump que “retire as forças armadas norte-americanas do conflito no Iémen ou que afetem o Iémen, exceto as (…) envolvidas em operações que visam a Al-Qaeda ou as forças a ela associadas”.

Na segundo, os senadores norte-americanos aprovaram por unanimidade uma resolução na qual se refere que o príncipe herdeiro é “responsável pelo homicídio”, solicitando ao Governo da Arábia Saudita que “garanta a aplicação de medidas apropriadas”.

Segundo a agência Associated Press, os serviços secretos dos Estados Unidos concluíram que Bin Salman pelo menos tinha conhecimento da situação.

Jamal Khashoggi, jornalista crítico do Governo da Arábia Saudita, foi morto a 02 de outubro por agentes sauditas no consulado do seu país em Istambul.

O Governo da Turquia tinha inicialmente referido que não queria um inquérito internacional, preferindo a cooperação direta com as autoridades sauditas.

Contudo, Ancara tem criticado repetidamente a falta de cooperação saudita, que diz que o assassínio foi cometido sem o seu consentimento.

As autoridades sauditas rejeitaram um pedido de extradição de um grupo de suspeitos, feito pela Turquia, que incluía dois funcionários próximos do príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, acusado por Ancara de ter participado no plano do assassínio.

Os dois suspeitos, Ahmed al-Assiri e Saud al-Qahtani, foram demitidos das suas funções a 20 de outubro, enquanto uma ‘tempestade’ diplomática atingia a Arábia Saudita, após a morte do jornalista, que vivia nos Estados Unidos e trabalhava para o jornal Washington Post.

Lusa

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