Aplicação ajuda doentes com esclerose múltipla a controlar sintomas

App permite ao doente a criação de um quadro clínico sobre a sua doença. Informação pode ser partilhada com profissionais de saúde, ajudando-os a tomar decisões sobre o tratamento a adotar para cada situação.

A Novartis acaba de lançar a aplicação móvel SymTrac para ajudar as pessoas com esclerose múltipla a controlar os seus sintomas e bem-estar geral. O download da aplicação é gratuito e está disponível em Google Play e Apple Store.

A SymTrac foi desenvolvida por um grupo de pessoas com esclerose múltipla em colaboração com um grupo de profissionais de saúde.

A equipa responsável é constituída por dez doentes, um cuidador, dois neurologistas, nove enfermeiros especialistas em esclerose múltipla, um consultor de redes sociais e pela MS Trust, uma associação de apoio às pessoas com esta doença.

Esta nova aplicação para além de incluir um leque de exercícios físicos para ajudar os doentes, permite também guardar os registos dos medicamentos tomados e colocar alertas para a sua toma e consultas agendadas.

Os dados introduzidos na aplicação vão ajudar os profissionais de saúde a perceber se o doente teve uma recaída e a decidir se há necessidade de alterar o tratamento.

Um estudo revela ainda que 67 por cento das pessoas se ausenta do trabalho por doença e 66 por cento precisam de apoio adicional para realizar as suas tarefas diárias durante as recaídas.

A esclerose múltipla afeta cerca de 5000 portugueses.

Em todo o mundo são mais de 2,3 milhões de pessoas com esta doença inflamatória crónica do sistema nervoso central que se manifesta em jovens adultos, entre os 20 e os 40 anos de idade, e que interfere com a capacidade do doente em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio.

As mulheres têm duas vezes mais probabilidades de desenvolver a doença do que os homens.

A esclerose múltipla tem um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes e das suas famílias. Mais de 90 por cento das pessoas com esclerose múltipla queixam-se de fadiga, constituindo um dos sintomas com maior impacto na qualidade de vida e produtividade dos doentes.