Nas Notícias

Apenas uma das 24 delegações do Instituto de Medicina Legal a funcionar

Apenas uma das 24 delegações do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) está hoje a funcionar e os médicos das delegações de Lisboa, Porto e Coimbra aderiram todos à greve, segundo fonte sindical.

Em declarações à agência Lusa, Jorge Paulo Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), explicou que “os serviços mínimos estão a ser assegurados”.

“Tudo o que tem que ver com tudo o que sejam situações urgentes, nomeadamente suspeitas de crimes ou suspeitas de violência doméstica ou violência sexual, ou até alguma catástrofe, e é necessário recolher indícios, isso está totalmente garantido por parte dos médicos da medicina legal”, disse Roque da Cunha.

A greve de dois dias que hoje começou é promovida pelo SIM e pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) para reivindicar uma carreira médica na instituição e melhores condições de trabalho.

“Com esta expressão, esperamos que a ministra da Justiça perceba que tem aqui um conjunto de médicos que trabalham muito mais do que devem, são cerca de um terço do que deveriam ser e que, em termos salariais, em relação aos atos que praticam, [os valores pagos] são cerca de seis a sete vezes menos do que os atos feitos através da prestação de serviços”, disse o responsável, sublinhando que a prestação de serviços já representa mais de 60 por cento.

Roque da Cunha fala ainda de um “progressivo esvaziamento do instituto”, que “tem feito com que muitos médicos saiam e haja dificuldade em cumprir prazos”.

“Não compreendemos que o Governo, no final da legislatura, apresente no parlamento uma possibilidade de privatização deste instituto. Os nossos médicos do INMLCF não querem um instituto privado, querem um instituto independente e público. Não fazia agora sentido que o laboratório da polícia científica da PJ fosse privatizado, que de algum a maneira não fosse garantida a independência destas peritagens”, afirmou.

Com esta greve, os médicos exigem ainda “tratamento pelo menos igual ao que ocorre no SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.

“Sabemos das deficiências e dificuldades [do SNS], mas estes médicos ainda estão mais prejudicados do que os do SNS. Passam anos e anos como especialistas e esperam dezenas de anos para concursos para seniores”, disse Roque da Cunha, insistindo: “é fundamental que deixem de ser discriminados relativamente aos do SNS”.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa

Artigos relacionados

Números do Euromilhões de hoje: Chave de sexta-feira, 17 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 17 de…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia

O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a 17 de maio, data em que, em…

há % dias

Hipertensão arterial: combater o ‘assassino silencioso’ é mais importante do que nunca

Artigo de opinião de Denis Gabriel, Neurologista, membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC.…

há % dias

Células estaminais: perspetivas terapêuticas promissoras nas doenças inflamatórias

View Post Artigo de opinião da dra. Andreia Gomes, diretora-técnica e de Investigação e Desenvolvimento…

há % dias

16 de maio, Junko Tabei torna-se na primeira mulher a chegar ao topo do Everest

A alpinista japonesa Junko Tabei, que nasceu em Fukushima, a 23 de maio de 1939,…

há % dias