António Borges, com contrato renovado, justifica “sentimento de revolta” com a “herança de Salazar”

“A distribuição dos sacrifícios pedidos aos portugueses não tem sido equitativa”, admitiu António Borges, depois de renovar o vínculo para assessorar o Governo. Se “o Governo e as empresas andam sempre juntinhos” a culpa é da “herança do doutor Salazar”, complementou.

António Borges, assessor do Governo para as privatizações cuja empresa viu renovado um contrato de 25 mil euros mensais, tornou-se na figura mediática do fim de semana ao admitir que “a distribuição dos sacrifícios” não tem “sido equitativa”, o que justifica um crescimento dos “sentimentos profundos de revolta”.

“Houve quem beneficiasse muito com esta política e não foram os mais pobres. E houve também quem ficasse prejudicado em termos relativos e quem acabasse por ver a sua situação piorar ao longo do tempo”, comentou o economista, ao intervir na abertura do encontro da Pastoral Social, em Castelo Branco.