A Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) apresentou queixa contra André Ventura, por causa de declarações sobre ciganos. “É um escândalo que a comissão ande a policiar o Facebook dos cidadãos”, reagiu o político.
Na origem do caso está uma reportagem da RTP sobre incidentes nas urgências do hospital de Beja, a 14 de novembro de 2017.
No dia seguinte, André Ventura acusou a estação pública de omitir que os supostos agressores eram “de uma família cigana”, num texto que publicou no Facebook.
A CICDR abriu um inquérito administrativo, com o vereador de Loures e comentador televisivo a ser convocado para prestar depoimento, agendado para 26 de março.
Indiciado por discriminação e ódio racial, André Ventura considerou, em declarações ao Correio da Manhã, “um escândalo que a comissão ande a policiar o Facebook dos cidadãos”.
“Não se compreende mais este forte ataque à liberdade de expressão de um comentador e detentor de um cargo político, que não faz mais do que o seu dever ao levantar à discussão assuntos importantes como a integração da comunidade cigana”, argumentou.
O vereador de Loures admitiu que, “se for necessário”, avança para uma contestação em tribunal.
“Não pode haver temas tabus em Portugal”, realçou André Ventura.
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