O ex-fuzileiro João Paulino, apontado pelo Ministério Público (MP) como o mentor do furto das armas de Tancos, quer colaborar com a justiça para beneficiar de uma redução de pena.
De acordo com a Renascença, o arguido já apresentou o requerimento ao Tribunal Judicial da Comarca de Santarém, no qual se mostra disponível para entregar o material militar ainda desaparecido.
O juiz responsável pelo caso já aceitou a pretensão, ainda de acordo com a rádio.
O MP também manifestou concordância, dando luz verde à eventual redução de pena.
O julgamento do processo de Tancos arranca a 2 de novembro, no Tribunal de Santarém.
Entre os 23 arguidos encontram-se o ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, o ex-diretor nacional da Polícia Judiciária Militar (PJM), Luís Vieira, e o ex-porta-voz da PJM, Vasco Brazão.
Os arguidos respondem por crimes de terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação até falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.
O ex-ministro Azeredo Lopes está acusado dos crimes de denegação de justiça e prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder e denegação de justiça.
A 29 de junho de 2017, o Exército revelou que, na véspera, tinha sido furtadas armas dos paióis de Tancos, na véspera.
Parte do material de guerra furtado viria, alegadamente, a ser recuperado em outubro de 2017, na zona da Chamusca.
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