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Álcool é mais mortífero do que a sida, indica relatório da OMS

Segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), as bebidas alcoólicas provocaram mais de três milhões de mortes em 2012. Estes números, divulgados nesta segunda-feira, são superiores aos registados relativamente à sida.

A OMS divulgou hoje um relatório sobre as mortes provocadas pela ingestão de álcool. Em todo o mundo, morreram 3,3 milhões de pessoas, no ano de 2012, vítimas de problemas relacionados com a ingestão de álcool.

O estudo, realizado em 194 países, indica que a percentagem de mortes relacionadas com as bebidas alcoólicas é de 5,9 por cento, naquele ano.

É mais do que a soma das mortes provocadas pela sida (2,8 por cento), pela violência (0,9 por cento), ou pela tuberculose (1,7 pontos percentuais).

Oleg Chestnov, diretor-geral-adjunto da Organização Mundial de Saúde responsável pela área das doenças não transmissíveis e da saúde mental, considera que “é necessário fazer mais” para proteger a população mundial “das consequências negativas do consumo de álcool”.

De acordo com o mesmo relatório, o consumo de álcool é superior na população masculina, que, por essa razão, também regista maior número de vítimas, em comparação com a população feminina.

Mais do que provocar dependência e estimular a violência, o álcool – quando consumido de forma excessiva –, está associado ao desenvolvimento de cerca de 200 doenças, entre as quais algumas de mortalidade muito elevada, como o cancro ou a cirrose hepática.

A OMS estima que, todos os anos, em média, cada pessoa com mais de 15 anos de idade beba 6,2 litros de álcool puro. No entanto, há 38 por cento de população mundial que consome por ano mais de 17 litros.

“Cerca de 16 por cento dos consumidores tem episódios de consumo excessivo, que são mais prejudiciais para a saúde”, destaca Shekhar Saxena, diretor da OMS para a saúde mental, abuso de drogas e outras substâncias.

A Europa é a região mundial que apresenta a maior média de consumo, com 10,9 litros por habitante, por ano. A Bielorrússia é o país que apresenta maior nível de consumo de bebidas alcoólicas: 17,5 litros. Segue-se a Moldávia, com 16,8 litros.

As populações com maiores dificuldades económicas estão mais suscetíveis de dependência do álcool, em virtude de maiores bloqueios a sistemas de saúde e também pelo afastamento de redes de apoio que os poderiam proteger deste problema de saúde.

A OMS insta os países a reforçar as medidas de combate ao consumo excessivo de álcool, sugerindo o aumento da carga fiscal neste tipo de produtos, impondo novos limites idade para a comercialização de bebidas com teor alcoólico e aplicando medidas de sensibilização para este problema de saúde pública.

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