Adrien envolvido na saída falhada de Rui Patrício para o Wolverhampton

A rescisão apresentada por Rui Patrício deve-se a uma operação contabilística envolvendo um outro capitão proscrito por Bruno de Carvalho. De acordo com uma fonte da SAD, o Sporting travou a saída do guarda-redes por causa de uma dívida antiga relativa a Adrien Silva.

Essa fonte, citada sem identificação pela TSF, explica que a SAD leonina recusou vender o passe de Rui Patrício ao Wolverhampton por causa de dois ‘pormenores’, um dos quais envolvendo Adrien Silva.

Ambos os negócios passaram pelo ‘superagente’ Jorge Mendes. De acordo com a fonte da SAD do Sporting, o empresário tentou incluir no negócio do Wolverhampton – que oferecia os mesmos 18 milhões de euros alegadamente apresentados pelo Nápoles – uma dívida antiga referente à venda de Adrien ao Leicester.

Como o Sporting contestou essa dívida (o caso encontra-se em tribunal), Bruno de Carvalho mandou travar o negócio de Rui Patrício com o Wolverhampton.

Por outro lado, acrescentou a mesma fonte, havia uma diferença nos juros a pagar pelo adiantamento, por um banco, da totalidade da verba a pagar pela equipa inglesa.

Se fossem os italianos a comprar o passe de Rui Patrício, o Sporting teria de pagar juros de quatro por cento sobre os 18 milhões de euros, para ficar com este valor no imediato.

Só que o Wolverhampton é, para a banca, um pagador menos credível do que o Nápoles, pelo que os juros a suportar pelos leões subiriam para os 12 por cento.

Bruno de Carvalho exigiu que fosse a empresa de Jorge Mendes, responsável pela oferta do clube inglês, a suportar essa diferença nos juros, sendo este o outro motivo para o Sporting ter travado o negócio, concluiu a mesma fonte da SAD.

Abortado o negócio, Rui Patrício apresentou a rescisão unilateral do contrato, alegando justa causa.

Desde então, o guarda-redes tem sido alvo de insultos e ameaças nas redes sociais.

Bruno de Carvalho anunciou, entretanto, que vai pronunciar-se sobre o caso ao final da manhã de hoje.