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Abuso sexual: Em cada 14 mulheres há uma vítima

Um estudo publicado pela revista Lancet aponta que, no mundo, uma em cada 14 mulheres já foi vítima de abuso sexual. “A violência sexual é uma experiência comum para mulheres em todo o mundo”, adiantam os investigadores.

A revista Lancet publica hoje um estudo, realizado em 56 países, que apresenta resultados preocupantes: no mundo, por cada 14 mulheres há uma que já foi vítima, pelo menos uma vez, de abuso sexual por parte de alguém que não o parceiro. Em média, 7,2 por cento das mulheres acima dos 15 anos responderam que, pelo menos por uma vez, foram atacadas sexualmente, mas esta taxa ultrapassa os 20 por cento em certas regiões, como no centro da África subsariana.

“Descobrimos que a violência sexual é uma experiência comum para as mulheres em todo o mundo e é endémica em algumas regiões, atingindo mais de 15 por cento em quatro regiões”, resumiu Naeemah Abrahams, o investigador do Conselho de Investigação Médica da África do Sul que coordenou o estudo, realizado pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e pela Organização Mundial de Saúde.

“No entanto, as variações regionais precisam de ser interpretadas com cautela devido às diferenças na disponibilidade dos dados e nos níveis de denúncia”, complementou o investigador, lembrando que os dados disponíveis nunca correspondem à verdadeira dimensão do problema, devido à falta de denúncias por causa do estigma e da culpa associada à violência sexual.

Os resultados foram obtidos com a análise de vários estudos realizados entre 1998 e 2011, dos quais 77 foram considerados válidos. A República Democrática do Congo (21 por cento), a Namíbia, África do Sul e Zimbabué (17,4 por cento) e Austrália e Nova Zelândia (16,4 por cento) são os países que apresentam uma taxa mais alta, em contraste com os 3,3 por cento da Índia e do Bangladesh e os 4,5 por cento na Turquia.

Dentro da Europa, os investigadores apontam uma menor prevalência entre os países de Leste (6,9 por cento na Lituânia, Ucrânia e Azerbaijão) e uma maior incidência na zona ocidental (11,5 por cento em Espanha, Dinamarca e Alemanha, por exemplo).

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