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A ‘mina de ouro’ do IGCP pode render até 500 mil euros por ano aos administradores

É uma mina de ouro para os gestores: ao beneficiar do regime de exceção, a administração do IGCP pode auferir até um teto de 500 mil euros por ano. “Um ato escandaloso” para o PS, que critica também a nomeação de “uma referência absolutamente negativa”.

A nova administração do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), agora uma empresa pública, tem como teto salarial máximo 500 mil euros. Ao ser convertido numa empresa pública, o instituto foi englobado no rol das exceções à lei que limita os vencimentos aos 6850 euros mensais auferidos pelo primeiro-ministro. Como no ano passado os antigos membros do conselho diretivo auferiram um total de meio milhão de euros, este passou a ser o limite salarial da nova administração, composta por três elementos.

O PS já reagiu, por intermédio do vice-presidente da bancada parlamentar, José Junqueiro: “não aceitaremos que o Governo leve por diante, de forma absolutamente impune, uma atitude que despreza o sacrifício público e eleja como uma casta de privilegiados pessoas da sua exclusiva confiança para ganharem mais do que o primeiro-ministro”.

É “um ato escandaloso” transformar um instituto numa empresa pública “para que os gestores possam ganhar mais do que o primeiro-ministro”, com “ordenados superiores a sete mil euros”, continuou Junqueiro, lamento que o Governo tome esta medida “num momento em que o país vive extraordinárias dificuldades”.

Há ainda a agravante, segundo o dirigente socialista, de nomear para presidente da nova administração uma pessoa com um “currículo pouco recomendável”, João Moreira Rato: “este presidente do IGCP, que esteve no falido Lehman Brothers e que passou pela Goldman Sachs, é uma pessoa que tem uma referência absolutamente negativa, mas que foi recrutado pelo ministro das Finanças. O senhor primeiro-ministro tem de explicar o que está a fazer, porque isto é inaceitável”.

Mais do que inaceitável, argumentou Junqueiro, “é um escândalo sem precedentes” e é “insultuoso para todos os portugueses em geral”, pelo que “isto não pode ficar impune”. Aproveitando o embalo, o PS vai questionar Vítor Gaspar “quantas entidades estão nestas circunstâncias, quem são as pessoas que usufruem desta exceção salarial e quanto é que cada uma delas ganha”, bem como “quais as entidades que se prevê no futuro vir a excecionar”.

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