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Zero aponta necessidade de regulação e sustentabilidade nos serviços de trotinetes

A associação Zero é “completamente favorável” ao uso de plataformas alternativas de transporte, do ponto de vista ambiental, mas admite “algumas dúvidas” sobre a sustentabilidade dos sistemas de trotinetes e bicicletas elétricas e alerta para a necessidade de regulação.

Em declarações à Lusa, o presidente da Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável, Francisco Ferreira, aplaude o uso dos denominados modos “suaves ou ativos”, em detrimento do uso do carro, e considera o transporte público “uma excelente escolha”.

Porém, no caso das plataformas alternativas, a associação tem dúvidas sobre a forma como a sustentabilidade dos sistemas pode ser garantida, um tema que tem sido tema de conversa com os operadores.

“É fundamental que uma trotinete não seja utilizada apenas por um número reduzido de quilómetros e depois se deite fora”, disse Francisco Ferreira, sublinhando que, caso esta última situação aconteça, são necessários “a recuperação e o encaminhamento dos materiais”.

O fator responsabilidade é outra preocupação da associação ambientalista, que aponta que cuidar destes modos de transporte alternativos é “responsabilidade das pessoas” e “de quem coloca as trotinetes e bicicletas no mercado”.

Francisco Ferreira refere que deve haver “maiores exigências por parte das autarquias em termos de legislação”, pois as regras “não são aplicadas”.

É preciso que as autarquias regulem o “tratamento das trotinetes, os locais onde elas ficam, para que as pessoas com mobilidade reduzida não sejam afetadas”, reforça o presidente da associação, afirmando que a “paisagem da cidade começa a ficar muito afetada, principalmente nos passeios”.

O presidente da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, José Manuel Caetano, partilha da opinião no que diz respeito à disciplina dos cidadãos utilizadores destas plataformas.

Em declarações à Lusa, o representante afirma que é necessário “coordenar e definir algumas regras”, mas sublinha que “neste momento é preferível tirar os automóveis da cidade” do que haver preocupações “com os obstáculos que as trotinetes estão a causar às pessoas”.

A associação diz perceber os problemas que as trotinetes podem causar, mas insiste em que “sem tirar os automóveis das cidades não se resolve problema nenhum”.

José Manuel Caetano considera que “há uma certa vontade de crucificar as trotinetes dos males de que as cidades sofrem”.

Primeiro, reforça, é necessário “tratar da invasão automóvel”, para depois “tratar do resto”.

Lusa

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Lusa

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