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Wall Street fecha em baixa com investidores afetados por negociações EUA-China

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com os investidores a cederem às peripécias envolventes das negociações sino-norte-americanas, como a ameaça de novas tarifas alfandegárias a aplicar pelos EUA às importações chinesas a partir de sexta-feira.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,54 por cento, para os 25.828,36 pontos, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,41 por cento, para as 7.910,59 unidades, e o alargado S&P500 desvalorizou 0,30 por cento, para as 2.870,72.

Representantes dos EUA e da China devem reunir-se a partir das 22:00 de Lisboa, nas instalações do principal negociador norte-americano, Robert Lighthizer, para uma nova ronda negocial.

As conclusões de mais este encontro são incertas, apesar de ter sido apresentado há alguns dias como o último antes de uma cimeira entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping.

As duas potências estão a ameaçar-se mutuamente com a aplicação de novas medidas protecionistas e, à semelhança do que se passou na Ásia e Europa, a praça nova-iorquina tem estado a evoluir desde o início da semana em função das manchetes sobre o assunto.

Donald Trump, que não para de fazer o bom e o mau tempo a este propósito, enviou hoje um sinal de apaziguamento, ao revelar que tinha recebido uma “bela carta” do seu homólogo chinês e estimar que ainda era “possível” chegar a um acordo esta semana.

Contudo, dava-se por adquirido no encerramento de Wall Street que a aplicação de direitos alfandegários suplementares sobre bens chineses de 200 mil milhões de dólares (178 mil milhões de euros) iria começar nesta sexta-feira.

“Os investidores continuam à espera de um acordo, mas tornaram-se mais realistas”, considerou Jack Ablin, da Cresset Wealth Advisors.

“É impossível superar em um dia o fosso entre o que os EUA querem e o que a China está disposta a oferecer” e os investidores “começam a compreender que este problema complexo não pode ser resolvido em uma única reunião”, acrescentou.

Apesar de o conteúdo exato das discussões não ser conhecido, o Governo de Trump afirmou que a China tinha recuado nas suas principais pretensões avançadas nas semanas de negociação anteriores. Mas isto foi rapidamente desmentido pelo porta-voz do Ministério do Comércio chinês.

“Os investidores não estão a apostar no fracasso total das negociações, o que provocaria uma queda mais forte das cotações”, realçou Paul Donovan, do UBS. “Parece que já interiorizaram a ideia de uma subida temporária das taxas alfandegárias, acompanhada de uma continuação das negociações”, acrescentou.

Mas, previu, “quanto mais durar a incerteza, maior o impacto económico, independentemente de vir a existir um acordo”.

Lusa

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