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Wall Street celebra trégua sino-norte-americana com fecho em alta

A bolsa nova-iorquina celebrou hoje o anúncio de uma trégua de 90 dias decidida por Washington e Pequim no seu conflito comercial, apesar de esta decisão não resolver os desacordos entre Estados Unidos da América e China.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 1,13 por cento, para os 25.826,43 pontos.

Os outros índices emblemáticos também fecharam com ganhos superiores a um por cento: o tecnológico Nasdaq com uma valorização de 1,51 por cento, para as 7.441,51 unidades, e o alargado S&P500 de 1,09 por cento, para as 2.790,37.

Depois da cimeira dos dirigentes das 20 principais economias do mundo, em Buenos Aires, Argentina, os presidentes chinês e norte-americano decidiram suspender a aplicação de novas tarifas alfandegárias durante cerca de três meses, com a China a comprometer-se a aumentar as suas compras aos EUA.

“A batalha comercial deixou de estar no primeiro plano das preocupações dos investidores”, reagiu Peter Cardillo, da Spartan Capital, que previu “uma possível subida dos índices até ao final do ano”.

Quais barómetros do estado das relações entre os dois países, devido à sua importância no mercado chinês, as cotações das multinacionais Boeing e Caterpillar avançaram respetivamente 3,81 por cento e 2,42 por cento.

Se os índices bolsistas conheceram hoje uma boa sessão, terminaram, porém, relativamente longe da euforia com que abriram as transações, como o Dow Jones, que chegou a apresentar uma subida de 1,73 por cento no início das trocas.

“Os investidores estão a analisar os detalhes que estão por trás desta trégua e apercebem-se que os dois países ainda estão longe de um acordo”, disse Maris Ogg, da Tower Bridge Advisors.

“Não sei como é que vão conseguir resolver em 90 dias o que não foram capazes de resolver nos últimos 360”, confessou, por seu lado, Phil Davis, de PSW Investments.

A sessão foi, entretanto, também marcada pela passagem, à vez, das tecnológicas Microsoft, Amazon e Apple pela posição de empresa com a maior capitalização bolsista.

Depois de a Microsoft ter destronado a Apple deste lugar, na sexta-feira, pela primeira vez em oito anos, hoje esta recuperou aquela posição, mas não sem antes ter visto a Amazon intrometer-se nesta disputa simbólica.

Entretanto, o mercado obrigacionista foi hoje marcado pela passagem do valor da taxa de juro da dívida a três anos para um nível superior ao da taxa a cinco anos (2,83 por cento contra 2,82 por cento), um fenómeno que se designa por “inversão da curva das taxas”.

Os investidores, contudo, vigiam mais estreitamente o afastamento das taxas a cinco e dez anos, caso em que aquela inversão é considerada por norma um sinal precursor de recessão nos EUA. Presentemente, este afastamento está no nível mais baixo desde 2007.

Lusa

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Etiquetas: Bolsashome

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