O líder da CGTP respondeu a Mira Amaral, que criticou os trabalhadores da CGTP por não quererem “trabalhar ao sábado“. A solução para a Autoeuropa, lembra Arménio Carlos, passa pelo pagamento do trabalho extraordinário.
Em entrevista na TVI24, o sindicalista defendeu os trabalhadores da Autoeuropa num impasse que algumas “pessoas interessadas em criar problemas” têm reduzido à questão do trabalho ao sábado.
“O que a administração quer é transformar o sábado, que é dia de descanso, num dia de trabalho normal. Quando se trabalha ao sábado recebe-se uma compensação. Se for um dia de trabalho normal, não”.
Lembrando que os trabalhadores da Autoeuropa “nunca se recusaram a trabalhar ao sábado”, Arménio Carlos evocou os vários acordos na empresa para apontar que esse trabalho ao sábado “é pago como trabalho extraordinário”.
“Os trabalhadores não podem ficar reféns da posição unilateral da administração”, avisou o líder da CGTP, criticando a “postura prepotente e arrogante” da administração.
“Os trabalhadores já demonstraram que querem resolver pela via do diálogo”, insistiu.
Numa resposta direta a Mira Amaral, o ex-ministro da Indústria que hoje apontou “o forte risco” da deslocalização da fábrica de Palmela, Arménio Carlos lembrou, em tom de gozo, que “a Volkswagen não tem fábrica em Marrocos”, um dos países citados pelo ex-governante.
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