Vitória histórica de Álvaro Parente nas 12 Horas de Bathurst

Álvaro Parente alcançou este domingo uma vitória inesquecível nas 12 Horas de Bathurst, que este fim-de-semana se disputaram no famoso circuito australiano de Mount Panorama.

Numa prova muitíssimo disputada, onde a liderança mudou várias vezes de mãos, só no começo e no final da corrida esteve na frente o McLaren 650 n.º 59 da Tekno Autosport que o piloto português dividiu com Shane Van Gisbergen e Jonathan Webb.

O neozelandês tinha sido instrumental na obtenção da ‘pole position’ da equipa e voltou a sê-lo na fase decisiva da corrida, pois imprimiu um andamento fortíssimo que permitiu aproveitar às várias situações de bandeiras amarelas, causadas por despistes e problemas mecânicos.

Álvaro Parente também esteve bem, ainda que tenha apanhado alguns sustos, nomeadamente quando teve dificuldades eletrónicas no McLaren e teve de fazer um ‘reboot’ ao sistema que um impedia de selecionar as relações da caixa de velocidades, ou então quando teve de reagir em frações de segundo para se desviar de um guarda-lamas ‘voador’ que se soltou de um Bentley.

Depois a equipa ainda sofreu uma penalização com passagem pelas boxes, devido a excesso de velocidades no ‘pit-lane’, mas a estratégia seguida pela equipa acabou por ajudá-la a ficar na frente a cerca de uma hora do final, com Van Gisbergen a realizar o último turno de condução.

O neozelandês tinha uma vantagem de alguns minutos, mas Katsumasa Chiyo, num Nissan GT-R muito mais eficaz, foi progressivamente aproximando-se para terminar a corrida ‘colado’ aos vencedores.

“Tivemos que suplantar algumas contrariedades típicas deste tipo de corridas, mas estivemos muito unidos e concentrados e isso foi determinante para que pudéssemos chegar ao fim no primeiro lugar”, começa por contar Álvaro Parente.

“O meu segundo turno foi complicado, dado que nunca tive a oportunidade de rodar sem ninguém à minha frente e isso condicionava o meu ritmo, mas no final estávamos na posição que desejávamos”, explicou o piloto da McLaren GT.

“Foi uma corrida difícil e com adversários muito fortes, mas isso só tornou este sucesso ainda mais saboroso. Todos na equipa, a McLaren GT, nós os pilotos e o carro estivemos num nível elevado, o que é de importância capital para que tudo corra bem numa corrida tão dura e exigente como esta. Penso que merecemos este triunfo e é uma excelente forma de principiar a época”, conclui Álvaro Parente.

Classificação final
1.º Van Gisbergen/Parente/Webb (McLaren) 297 voltas
2.º Kelly/Chiyo/Strauss (Nissan) + 1,278s
3.º Kane/Smith/Bell (Bentley) + 48,503s
4.º Winkelhock/Vanthoor/Davison (Audi) + 1m05,621s
5.º Reynolds/Jaeger/Bastiaan (Mercedes) + 1 volta
6.º Taylor/Mawer/Antunes (Audi) + 3 voltas
7.º Soucek/Soulet/Russell (Bentley) + 4 voltas
8.º McLaughlin/Rast/Tander (Audi) + 4 voltas
9.º Bell/Watson/Davison (McLaren) + 5 voltas
10.º Lago/Youlden/Owen (Lamborghini) + 6 voltas