As vítimas dos fogos de outubro queixam-se de discriminação face às vítimas dos fogos de Pedrógão Grande e da resposta do Governo num e no outro acontecimento trágico.
“Estamos a falar de dois efeitos discriminatórios: as empresas aqui são menos apoiadas do que as empresas foram em Pedrógão e a agricultura é menos apoiada do que a indústria. E nós não percebemos isso”, queixou-se Luís Lago, em declarações na Renascença.
O presidente da ‘Associação de Apoio às Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal’ fala num “sentimento de abandono” que paira entre os seus pares.
Nestas declarações faz ainda a comparação com o que se passou em Espanha e a resposta dada pelas autoridades espanholas.
“Aconteceu uma tragédia – que não se pode comparar a esta – na Galiza e as respostas começaram a chegar ao fim de quatro, cinco dias. Mas não são projetos e intenções, não são palavras; são atos, é ação no terreno. E é exactamente isso que se pedia aqui”, revelou Luís Lago.
O líder da ‘Associação de Apoio às Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal’ não compreende como é que “sofrendo a maior tragédia e destruição material que o país conheceu nos últimos séculos, não exista uma resposta urgente”.
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