As torres de Ofir, três blocos de apartamentos em pleno Parque do Litoral Norte, em Esposende, têm visto o mar a aproximar-se nos últimos anos, mas nunca como se tem registado agora. Maranhão Peixoto, vereador da Proteção Civil da Câmara de Esposende, afirmou hoje que a água tem estado “um metro e meio, dois metros” das icónicas torres.
“Se o mar continuar a avançar com esta ferocidade, as torres correm sério risco”, admitiu o autarca, em declarações à Lusa, lembrando que o mar já levou passadiços, rampas de betão de acesso ao que resta da praia e tem inclinado a praça de acesso e os passeios. O parque de estacionamento à superfície, que serve também um hotel (muito procurado por equipas de futebol na pré-temporada), tem estado vedado desde o passado fim de semana.
O perigo de colapso das três torres, cada uma com 13 andares e contabilizando 114 apartamentos e 15 espaços comerciais, é conversa habitual na zona de Esposende. Os prédios foram construídos em cima das dunas, no que agora é o Parque do Litoral Norte. O plano de ordenamento da orla costeira, delineado pelo então ministro do Ambiente e com um orçamento de 31 milhões de euros, previa a demolição das torres, mas nunca saiu do papel.
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