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Vídeo: Polémica com dinheiros na reconstrução de casas em Pedrógão

Uma reportagem da jornalista Ana Leal sobre a questão dos donativos e dinheiros públicos para a reconstrução de habitações em Pedrógão Grande, após o fogo de 2017, está no centro da polémica por alegadas irregularidades na aplicação dos dinheiros solidários. A reportagem refere que casas que estavam devolutas (antes dos incêndios e onde nunca moraram) tiveram prioridade na reconstrução.

Na reportagem que dá pelo título de “O compadrio”, a TVI desenvolve a teoria de que o presidente da Câmara Municipal de Pedrogão Grande e o então vereador Bruno Gomes sabiam “desde o ano passado da existência de irregularidades no processo que envolveu a atribuição de donativos para a recuperação das casas que arderam no incêndio”.

Valdemar Alves, líder da autarquia de Pedrógão, nega qualquer tipo de irregularidades.

“Tudo que existe da reconstrução das casas está muito bem feito”, refere o autarca, à TVI.

No decorrer da reportagem aparecem alguns testemunhos que referem que casas que já estariam em ruínas foram descritas, de acordo com a TVI, como “casas de primeira habitação”, suspeitando-se de possam ter sido “forjadas moradas de residência” durante o processo de candidatura a dinheiros públicos e solidário “com a conivência dos poderes públicos locais”.

“É muito triste. Eu custa-me isto de fazer pouco de donativos de pessoas que deram coisas (…) e andarem aí a fazer muros em casas onde não ardeu nada… e só por terem ido votar no senhor presidente? Agora é que se vê”, refere Augusto Neves, irmão do presidente da Junta de Freguesia de Vila Facaia, uma das localidades afetadas pelos fogos, em 2017.

Questionado pelo facto de ter mencionado que uma casa que já estava em ruínas antes do incêndio era a sua casa de primeira habitação, mesmo estando essa casa desabitada, Augusto Neves não negou a situação e admitiu também ter sido “cúmplice” nesta situação.

“No fundo fui como as outras pessoas também foram”, confessou, atirando as culpas para a autarquia de Pedrógão Grande.

“Mandaram fazer isso e até explicaram como preencher [os papéis de candidatura a fundos para a reconstrução]”, salientou Augusto Neves apontando o dedo a Bruno Gomes, vereador da Câmara Municipal de Pedrógão Grande.

Valdemar Alves, líder da autarquia de Pedrógão, esclarece que “não tinha conhecimento” desta situação e refere que “não acredita” que o vereador tenha incentivado a população a forjar os papéis.

José Henriques, presidente da Junta de Freguesia de Vila Facaia e irmão de Augusto Neves, confirma que foi dada indicação de uma casa que não era de primeira habitação mas defende o irmão por “fazer o que fazem os outros”.

“Se os outros fazem porque não pode ele fazer?”, questiona o autarca.

Ao longo da reportagem são contados casos de pessoas que ficaram sem a sua casa de primeira habitação mas que estas ainda não estão construídas, uma vez que pode ter sido dada prioridade à reconstrução de casas de segunda habitação de determinadas pessoas.

Uma vez mais, o presidente da autarquia de Pedrógão Grande nega esta situação.

Certo é que a reportagem “O Compadrio” – uma investigação da jornalista Ana Leal – tem dado que falar e gerado polémica.

Veja a reportagem.

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