Jair Bolsonaro está à frente nas sondagens, nas presidenciais do Brasil. Mas quem é este candidato polémico, que defende ideais de extrema-direita e nutre simpatia pelos atos de tortura praticados pela ditadura militar no Brasil? O candidato do Partido Social Liberal tem um histórico de propostas controversas, entre as quais a esterilização dos pobres. Veja o vídeo.
O candidato Jair Bolsonaro lidera a corrida eleitoral à Presidência do Brasil com 27 por cento das intenções de votos, segundo uma pesquisa divulgada ontem pelo Ibope a pedido da Confederação Nacional das Indústrias.
Em segundo lugar surge o candidato que substitui Lula da Silva nas presidenciais do Brasil, Fernando Haddad, com 20 por cento, seguido de Ciro Gomes (8 por cento), Geraldo Alckmin (7 por cento) e Marina Silva (3 por cento).
Se a eleição fosse agora nenhum candidato atingiria mais de 50 por cento dos votos válidos (que excluem votos brancos e nulos), dado que indica que haverá uma segunda volta nas presidenciais do Brasil.
A sondagem mostrou que Bolsonaro está atrás dos três principais adversários nas projeções de cenários para a segunda volta.
Mas quando os eleitores foram questionados sobre quem acham que será o próximo Presidente brasileiro, independentemente de sua preferência de voto, o candidato da extrema-direita foi citado por 44 por cento dos entrevistados.
A ‘ameaça’ Bolsonaro é real. Mas quem é este militar da reserva, de 63 anos de idade, que já esteve filiado em nove partidos?
O antigo capitão do exército brasileiro, agora reformado, é conhecido por proferir discursos homofóbicos, sexistas, racistas e favoráveis ao uso indiscriminado da violência para combater o crime organizado no Brasil.
Bolsonaro balizou a sua carreira política com posições polémicas como a defesa de atos de tortura e violações ocorridas no Brasil durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985.
Nas eleições gerais de 2014, foi o candidato mais votado do estado do Rio de Janeiro para a Câmara dos Deputados.
Três anos mais tarde, foi considerado o parlamentar mais influente nas redes sociais.
E em janeiro de 2018, filiou-se no PSL, o nono partido da sua carreira política, que teve início em 1989, quando foi eleito vereador do Rio de Janeiro.
Jair Bolsonaro defendeu, por exemplo, a esterilização dos pobres, como forma de combater a criminalidade e a pobreza.
“O pobre só tem uma utilidade no nosso país aqui: votar. Título de eleitor na mão e diploma de burro no bolso, para votar no governo que temos. Só serve para isso e mais nada”, disse em 2013, no plenário, criticando um programa de apoio à educação e às famílias.
Em março de 2011, voltou a abordar os apoios aos pobres, para criticar o facto de se “ajudar que, lamentavelmente, é ignorante e não tem meios para controlar a sua prole. Nós [não pobres] controlamos a nossa, o pobre não controla”.
Antes, em 2003, propunha uma “rígida política de controlo de natalidade”.
“Chega de dar meios a casais coloquem gente que não tem a mínima condição de ser cidadão no futuro”.
O cardápio de frases polémicas de Bolsonaro não tem fim. Em 2008, avançava com uma controversa medida que impedisse os pobres de procriar.
“Não adianta nem falar em educação porque a maioria do povo não está preparada para receber educação e não vai se educar. Só o controlo da natalidade pode nos salvar do caos”, afirmou.
Um ano depois, apontava o dedo às crianças, num país onde não há planeamento familiar.
“Temos três milhões de crianças menores de 3 anos sem creche. E cobrando meios para colocar essa molecada em creche. Hoje em dia, uma criança não vai à escola para aprender, vai para comer”.
Assim, propunha a esterilização dos pobres.
Veja o vídeo:
https://playbuffer.com/watch_video.php?v=5OYUO14HD11K
Personalidades de renome mundial como os cantores Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque assinaram o documento contra o candidato do Partido Social Liberal, que foi classificado por eles como uma ameaça à “herança civilizacional” do Brasil.
“Mais do que uma eleição política, a candidatura de Jair Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso património civilizacional primário. É necessário rejeitar a normalização e unir forças na defesa da liberdade, da tolerância e destino coletivo entre nós”, diz o manifesto, chamado “Democracia sim”, que foi publicado nas redes sociais.
O manifesto adverte que “líderes fascistas, nazistas e vários regimes autocráticos” da história foram originalmente eleitos com a promessa de “resgatar a autoestima e a credibilidade da nação antes de subordiná-las aos mais variados desmandos autoritários”
Bolsonaro foi alvo de um atentado há duas semanas e está hospitalizado após ter sido esfaqueado numa ação de campanha, em Juiz de Fora, estado de Minas Gerais.
Apesar dos problemas de saúde, que o impediram de fazer campanha nas ruas, é o favorito para as eleições de 7 de outubro, seguido por Fernando Haddad, o sucessor do ex-Presidente preso, Luiz Inácio Lula da Silva, como candidato do Partido dos Trabalhadores (PT).
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