Vídeo: Gangue das motas protege crianças vítimas de abusos

O preconceito diz que um gangue de motoqueiros está sempre pronto para arranjar problemas. É o caso do BACA, um gangue que chega a montar vigilâncias de 24 horas. As vítimas agradecem, pois sentem-se… protegidas.

As gangas e os adereços metálicos, o olhar duro, o próprio símbolo do BACA – um punho fechado – transmitem uma sensação de que estes motoqueiros não estão para brincadeiras.

Afinal, num mundo tão perigoso, quem é que vai proteger… as vítimas?

“Se tiverem medo, chamem-nos e nós vamos”. A mensagem do Bikerdad, o vice-presidente do BACA de Los Angeles (EUA), é destinada a todas as crianças que foram vítimas de abusos. E eles vão, “entre 20 a 50 motoqueiros”. Os que forem precisos.

“Estas crianças passam a fazer parte da nossa família”, continua o líder dos BACA, que significa ‘Bikers Against Child Abuse’ (‘motoqueiros contra o abuso de crianças’): “Ganham um nome da estrada, uma alcunha, tornam-se motoqueiros”.

O gangue faz o que é suposto fazer-se pela família. No caso dos BACA, escoltam as crianças vítimas de abuso até onde elas quiserem: à escola, ao tribunal, às consultas de acompanhamento psicológico. “Se quiserem que fiquemos a guardar a casa por fora, durante toda a noite, será isso que faremos”, revela Bikerdad.

E foi o que quis ‘FA’, uma menina de 12 anos que foi violada pelo padrasto e não conseguia fugir ao medo. Chegava a tomar banho vestida e desenvolveu uma obsessão por confirmar se as portas e as janelas estavam sempre trancadas.

“Quando os vi pela primeira vez… Tantos motoqueiros, tantos homens altos, com coletes e barbas grandes, mulheres poderosas… Pareciam mesmo durões”, reconheceu ‘FA’.

“Somos brutos. Somos mais assustadores do que os abusadores, do que os demónios” das crianças, admitiu o presidente do gangue, Tombstone: “Sentámo-nos à volta da casa, por todo o perímetro, e ela sentia que ninguém ia atrás dela, pois antes teria que passar por nós”.

“E ficaram lá, por turnos, toda a noite, todo o dia”, acrescentou a mãe da ‘FA’, uma menina que passou três anos à espera que o padrasto fosse julgado. Quando finalmente foi a julgamento, a vítima não sentiu medo.

“Vi os motoqueiros todos lá sentados, a mostrarem-me o polegar erguido, dando-me o suporte emocional que precisava”, recordou ‘FA’: “Mantiveram-se segura durante todo o julgamento e tudo fizeram para que recuperasse a alegria de viver”.

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