Nos dias que correm, entrar numa sala de cinema é um ato que perdeu a mística de outros tempos. Depois da profusão de centros comerciais, os recintos para a sétima arte passaram a ser todos iguais, com a estrutura e a própria disposição das cadeiras a serem meras cópias das demais.
Todos iguais? Não. Como a aldeia gaulesa nas histórias de Astérix, ainda há salas de cinema que resistem às invasoras.
É o caso do Fox Theatre em Detroit, nos EUA. É o maior resistente dos teatros erguidos nos anos 20 do século passado e o único que resistiu ao fim do ciclo das salas Fox Theatre. Só perdura porque foi completamente restaurado em 1988.
A grande maioria das salas de cinema que ainda marcam a diferença souberam, de alguma forma, preservar a identidade cultural ou patrimonial. É o caso do Urania, em Budapeste, na Hungria: há quem não se decida se é mais bonito por dentro ou por fora.
Há também as grandes salas de espetáculo que se reinventam como manobra de sobrevivência. Em Paris, um cinema foi transformado num ‘mar artificial’, levando os espetadores a verem o filme ‘A vida de Pi’ sentados em barcos. Barcos, com ‘r’, e não bancos.
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