As alforrecas, também conhecidas como medusas e águas-vivas, são dos animais mais temidos pelos banhistas: não pelo perigo de morte, que é baixíssimo, mas pelas dores de uma eventual picada.
O problema é que a elevada toxicidade destas criaturas tem levado a uma proliferação generalizada. Até no mar Mediterrâneo, onde a presença de alforrecas era escassa, já se fala numa praga.
Uma pesquisa recente, feita por investigadores da Universidade de Queensland com o Centro de Pesquisa Marinha da Austrália, evidenciou que são cada vez mais os exemplares que passam dos dois metros de diâmetro e atingem os 200 quilos de peso.
A concentração de medusas, uma espécie capaz de sobreviver sob condições extremas, influencia também os ecossistemas.
Na Turquia, a situação já atingiu o grau de insustentável. Poucos são os turistas que se atrevem a ir à água e, ao invés, são cada vez mais os pescadores que se queixam da falta de peixes.
O país africano tornou-se, nesta questão, ‘membro’ da União Europeia. A Tunísia integra agora o ‘Med-Jellyrisk’, um programa comunitário de monitorização e controlo das alforrecas que vigora em Itália, Espanha e Malta.
Graças a este programa, cujo orçamento é de 2,6 milhões de euros, os pescadores da Tunísia podem aceder a novas tecnologias de captura de medusas, que posteriormente são vendidas à indústria de cosméticos.
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