Vida de bebé de 6 meses na origem de luta judicial entre os pais e o hospital (vídeo)

Um tribunal britânica vai decidir a vida ou morte de um bebé de 6 meses. Charlie Gard tem uma doença rara e incurável. Os pais querem-no vivo, os médicos do hospital onde é tratada 24 horas por dia defendem uma morte com dignidade.

O caso está a apaixonar (e a dividir) a opinião pública britânica. O hospital quer desligar as máquinas, permitindo ao bebé morrer, mas os pais recusam essa hipótese, por menores que sejam as esperanças na salvação do filho.

Nicholas Francis é o juiz a quem cabe a pouco invejável decisão.

Devido a uma condição genética extremamente rara e incurável, Charlie Gard vive no hospital Great Ormond Street, em Londres, onde passa 24 horas em tratamento.

Os médicos entendem que isto não é vida e, face ao sofrimento do bebé, é preferível desligar as máquinas, deixando-o morrer com dignidade.

A decisão chocou Connie Yates e Chris Gard, os pais de Charlie, que tiveram de recorrer à justiça.

“Estamos chocados e achamos horrendo isto chegar a tribunal e que o hospital peça para que as máquinas que mantêm o Charlie vivo sejam desligadas. Não consigo explicar por palavras o quão horrível é ver papéis do tribunal com o nome do nosso filho. É como se o Charlie tivesse sido sentenciado à morte”, afirmou Connie Yates, em declarações à BBC.

Dois meses após o nascimento (em agosto do ano passado), o bebé começou a perder peso e força. Face à rápida degradação do estado de saúde e com o surgimento de uma pneumonia, Charlie foi internado no hospital.

Alguns dias mais tarde, os médicos diagnosticaram a Síndrome de Depleção Mitocondrial, uma doença genética extremamente rara (há apenas 16 casos conhecidos) e incurável.

“Charlie tem uma doença muito rara e complexa”, adiantou um porta-voz do hospital, salientando que foram “esgotadas todas as tentativas de tratamento”.

Para “defender o que é melhor para Charlie”, os médicos quiseram desligar as máquinas que mantêm o bebé vivo, mas talvez num sofrimento que ninguém consegue adivinhar.

Mas Connie e Chris preferem levar o filho para os EUA, em busca de uma terapia inovadora, cujos custos deverão rondar os 1,4 milhões de euros. Os pais lançaram uma campanha de angariação de fundos e já terão recolhido cerca de 93 mil euros.

A decisão final cabe ao juiz Nicholas Francis, que hoje deu início ao processo.

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