A 14 de outubro de 1943, cerca de metade dos 600 prisioneiros do campo de concentração de Sobibor, na atual Polónia, conseguiram fugir aos nazis, depois do assassínio de 11 guardas. Foi a única fuga registada nos campos da morte nazis e só cerca de 50 conseguiram evitar a detenção nos dias seguintes.
Os sobreviventes relataram o horror do campo, incluindo as infames câmaras de gás. Só que, logo após a fuga, o regime nazi mandou desmantelar o campo e no local ‘nasceu’ uma floresta, ocultando para sempre o horror.
Os sobreviventes nunca desistiram de relatar a existência das câmaras de gás, mas no local não restava qualquer prova da sua existência. Até agora: as escavações iniciadas há oito anos deram, finalmente, o resultado mais ansiado.
“Ficamos surpreendidos com o tamanho do edifício e as condições de preservação das paredes da câmara”, admitiu Yoram Haimi, o arqueólogo israelita que participou nas escavações.
Wojciech Mazureck, o outro arquéologo que liderou os trabalhos, acrescentou que “encontrar as câmaras de gás e analisar a sua capacidade irá permitir estimar com maior precisão o número de pessoas assassinadas em Sobibor”.
Até agora, as estimativas apontam para entre 167 mil e 250 mil mortos, só entre 1942 e 1943.
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