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UTAD: alunos universitários trabalham ‘em troca’ de comida

Os alunos universitários da UTAD estão a contornar a crise com uma receita original: aproveitam as horas livres para trabalhar nas cantinas e salas de informática da universidade e, para além dum salário de dois euros por hora, têm direito a refeições gratuitas, que podem ir até às 44 por mês.

A crise também chegou à Universidade de Trás-os-montes e Alto Douro (UTAD), onde cada vez mais alunos sentem dificuldades para se manterem no ensino superior. Atenta à situação, a instituição desenvolveu um projeto que, para já, envolve 20 alunos. Estes universitários prestam serviços para a instituição e em troca recebem um salário de dois euros por hora, para o máximo de quatro horas de trabalho por dia, e refeições gratuitas, com o limite de 44 por mês.

“Para nós é uma ajuda e eles ganham um complemento para pagarem as suas despesas”, justificou Elsa Justino, administradora dos Serviços de Ação Social, salientando que a universidade não tem disponibilidade para contratar pessoal. Os serviços prestados pelos 20 universitários neste projeto são, na maioria, a receção dos tabuleiros e a lavagem da louça.

São estes serviços que custeiam o projeto, numa altura em que o número de alunos que recorrem às quatro cantinas da UTAD tem aumentado. Foram servidas 265.862 refeições em 2010 e, já este ano, vão em 279.506. Como as cantinas de Vila Real não abrem aos fins de semana, a UTAD estabeleceu parcerias com alguns restaurantes locais permitindo aos estudantes pagarem três euros por refeição, cabendo aos Serviços de Ação Social repor o restante. Nas cantinas da UTAD, a refeição completa custa 2,95 euros, mas já há dois anos que os alunos podem comprar à peça: só o prato, a sopa ou a fruta.

A administradora lembrou que, nos últimos dois anos, a UTAD perdeu cerca de 1000 bolsas, complicando a vida dos universitários. A universidade é frequentada por cerca de 8000 alunos, com 7500 dos quais elegíveis para bolsa: só que dos cerca de 3400 pedidos deste ano foram atribuídos apoios a menos de 2000.

Elsa Justino referiu também o aumento nos pedidos de alojamento por parte dos alunos, isto quando mais de 70 por cento dos universitários da UTAD são deslocados. Contudo, muitos dos que diariamente se deslocavam desde casa deixaram de o poder fazer, sobretudo quando a A24 passou a ser portajada. “O efeito das portagens foi muito grande. Temos sentido uma pressão, um aumento do pedido de alojamento”, admitiu a administradora.

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